Capítulo 61

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Rúben: Bem, acho que está na hora de irmos embora. Pareces cansada - disse à Mariluz.

Mariluz: Sim, um pouco. Nós vamos embora então.

Joana: Sim, eu e a Carolina também.

Diogo: Ninguém precisa de boleia?

Carolina: Nós não, obrigada.

Todos nos despedimos e cada um foi para o seu carro.

Diogo: Estás cansada?

Eu: Por acaso não. Acho que fiquei um pouco elétrica por causa da dança - disse, soltando uma pequena gargalhada. 

Diogo: Ainda bem. Queres dar um passeio?

Eu: Que horas são?

Diogo: Meia-noite, acho.

Eu: Amor, são 4 da manhã - disse, começando a rir-me.

Diogo: Uau, passou mesmo rápido. Ok... Sendo assim, queres dormir em minha casa, hoje? - disse, desviando o olhar da estrada para me olhar.

Eu: Bem, a minha mãe deve de estar acordada. Vou ligar-lhe, só para ela não se preocupar.

Diogo: Tudo bem - disse, batendo com os seus dedos no volante ao som da música. Adorava quando ele fazia isto.

*ChamadaOn*

Mãe: Estou filha? Está tudo bem?

Eu: Sim, mãe, está tudo bem. Eu liguei-te porque estava a pensar em ficar a dormir em casa do Diogo. Há algum problema?

Mãe: Oh filha... Tu já és maior de idade, e o Diogo é um bom rapaz. Mas, podem dormir aqui em casa hoje? Eu irei sentir-me melhor.

Eu: Não percebo porquê, mãe... Na casa do Diogo até tenho quarto de hóspedes e tudo - o Diogo soltou uma gargalhada abafada. Lancei-lhe um olhar, para que ele não estragasse tudo.

Mãe: Filha, eu não sou parva... Já tive a tua idade. Das duas uma, ou dormes no quarto do Diogo, ou ele dorme contigo no quarto de hóspedes. Olha, eu e o teu pai...

Eu: Ok, ok, já percebi a ideia. 

Mãe: Pelo menos passem por aqui. Podem beber um chá e fazer-me companhia. Gosto de estar com vocês. E agora a casa já não é a mesma. Já não posso ouvir as tuas gargalhadas histéricas, ou as tuas cantorias. Nem posso conviver com o teu mau feitio...

Eu: Obrigada, acho eu... De qualquer das formas, nós vemo-nos todos os dias, mãe. Bem, já falámos. Não esperes por nós, eu tenho a chave. E ainda tenho que falar com o Diogo.

Mãe: Tenta convencê-lo, então. Acordem-me quando chegarem!

Eu: Está bem, mãe, até já.

Mãe: Até já, beijinhos.

*ChamadaOff*

Diogo: Então?

Eu: Podemos passar por minha casa primeiro? A minha mãe disse que gostava de estar connosco e que já sentia falta das minhas gargalhadas histéricas, das cantorias e até do meu mau feitio.

O Diogo soltou uma gargalhada.

Eu: Não te rias, parvo! - disse, tentando esconder o meu sorriso. 

Diogo: Bem, é uma boa ideia, de qualquer das formas. Assim, podes reunir já algumas coisas para ficares lá em casa.

Eu: Sim, senão a tua irmã está sempre a ficar sem as partes de baixo do pijama - disse, soltando uma pequena gargalhada.

Diogo: Guida, com ficar lá, eu estava a referir-me a viveres lá, connosco.

Soltei uma pequena gargalhada.

Eu: Claro - disse, ironicamente.

Diogo: Estou a falar a sério - disse, descolando o seu olhar da estrada para me encarar - Sei que parece demasiado rápido, mas nós conhecemo-nos desde sempre, não é verdade? Conheces muito bem os meus pais, os meus irmãos.

Eu: Sim, e sinto-me muito bem em vossa casa. Isso seria um sonho.

Diogo: Que pode ser facilmente realizado. Mas dou-te todo o tempo do mundo para decidires - disse, sorrindo.

Eu: Obrigada.

Comecei a imaginar o que seria viver com o Diogo. Adormecer com ele, acordar ao seu lado. Não haveria qualquer distância que nos separasse. Há um tempo atrás, iria achar isso sufocante. Mas, quando se trata da pessoa que amas, todo o tempo não chega.

O carro parou e reparei que já tínhamos chegado a minha casa. Tentei entrar silenciosamente.

A minha mãe estava a dormir no sofá. 

Eu: Mãe - disse, abanando-a ligeiramente para que acordasse.

Mãe: Oh, olá Guida - disse, abraçando-me. A minha mãe não era uma pessoa que estivesse sempre a abraçar os outros, por isso, acho mesmo que ela está com saudades. Talvez por ter percebido que eu realmente cresci e que já não sou a menina que era.

Ela levantou-se e aproximou-se do Diogo, abraçando-o também. 

Mãe: Tinha saudades vossas. Venham, vamos pôr a água a aquecer.

Diogo: Se quiserem, eu faço isso. Aproveitem para pôr a conversa em dia.

Mãe: Obrigada. Sabes onde está tudo?

Diogo:  Eu arranjo-me - disse, dirigindo-se para a cozinha, com um sorriso no rosto.

Mãe: Escolheste mesmo bem, estou orgulhosa - disse, com os olhos brilhantes.

Eu: Obrigada - disse, com um grande sorriso - Eu gosto muito dele - disse, espreitando em direção à cozinha.

Mãe: Quem não gosta? - disse, soltando uma gargalhada - E então? Como é que estás?

Eu: Estou muito bem, na verdade. E como é que vocês estão?

Mãe: Com saudades... O teu pai até me disse para te dizer para dormires cá hoje. Mas tu é que sabes o que é melhor para ti.

Eu: Mãe, eu sinto-me bem lá. Tu sabes disso, já dormi lá muitas vezes, mesmo não sendo namorada do Diogo.

Mãe: Eu sei, filha. Mas agora é diferente - disse, olhando para o tapete - Tu irias-me contar, não irias?

Eu: O quê? 

Mãe: Tu sabes... 

Eu: Oh... Mãe, não te preocupes. Eu e o Diogo ainda não chegámos a essa fase.

Sempre me senti muito à vontade com a  minha mãe para falar sobre sexo, no entanto, no que tocava a algo relacionado comigo, tinha muita vergonha. 

Mãe: Ok... Já sabes o que têm que fazer.

Eu: Sim, mãe. Nós temos juízo, como tu estás sempre a dizer para termos.

Mãe: Ainda bem. Não se brinca com essas coisas.

O Diogo entrou na sala com um tabuleiro e três chávenas. 

Diogo: Fiz chá de menta, foi o único que encontrei. Quer açúcar, dona Fátima?

Mãe: Já falámos sobre isso! Nada de dona Fátima! Apenas Fátima.

Diogo: Ok. Quer açúcar, Fátima?

Mãe: Melhor - disse, sorrindo - Sim, um pouco.

Olá, olá :D

Espero que estejam a gostar. Aceito sugestões e qualquer crítica. Queriam que algo acontecesse na história? A história está a correr como gostariam?

Desejo-vos um feliz Natal e muitas prendinhas :D

ah, e muitos parabéns aquele gostosão do Louis *.* 

Já sabem, comentem e votem ;)

bjs

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