Capítulo 39

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O Diogo fez com que eu largasse o seu braço e tentou alcançar o Rafael, mas foi impedido por Paulo. De um momento para o outro, o Rúben apareceu e agarrou também o Diogo. Ele estava completamente fora de si.

Eu não sabia o que fazer, tinha ficado completamente sem reação. Eu não conseguia mais ver aquele cenário.

Eu: Por favor, Diogo, pára!

Diogo: Ouviste bem o que ele disse, Guida?!

Eu aproximei-me dele e coloquei as minhas mãos no seu rosto, olhando-o nos olhos.

Eu: Não deixes que um parvo qualquer nos faça isto - disse, beijando-o.

Ele pareceu acalmar-se.

Rafael: Então, princesa, não me tens nada a dizer?

Diogo: Eu parto-te a boca toda! Só eu é que lhe chamo isso, percebes?!

Eu: Queres saber o que é que eu te tenho a dizer, é?! Então ouve com atenção porque não quero que isto se volte a repetir! Tu vais deixar-nos em paz! Eu sou feliz com o Diogo, não contigo. Por isso, ou te comportas, ou vamos ter sérios problemas.

Senti que o Diogo tinha colocado os seus braços à volta da minha cintura.

Diogo: Ouviste bem o que é ela disse? Fica o aviso: se voltares a meter-te connosco, vais parar ao hospital, ou até pior.

Os olhos do Rafael transmitiam pura raiva.

Paulo: Vá lá, malta, já passou. Foi só um mal entendido...

Diogo: Não, não foi um mal entendido. Já ando a começar a ficar um bocadinho farto disto tudo. É bom que esse parvo aí consiga perceber o recado - disse, já mais calmo.

Rafael: Não se preocupem, eu percebi tudo muito bem... Mas, se pensam que eu vou desistir assim tão facilmente, estão muito enganados - disse, saindo do quarto.

Diogo: Desculpem, mas este parvo põe-me fora do sério.

Rúben: Se acontecesse isto comigo, eu reagiria da mesma forma, mano.

Paulo: Eu vou ter com ele, ele pode fazer alguma estupidez. Desculpem.

Eu: Não precisas de pedir desculpa. Até é melhor assim - o Paulosaiu do quarto - Desculpa, Rúben, tudo piorou por minha causa...

Rúben: Por tua causa? Não... A culpa foi toda dele! 

Diogo: Exato, amor. Ele é que se meteu connosco!

Eu: Eu não me sinto muito bem, vou só à casa de banho e já venho.

Diogo: Estás bem? Queres que vá contigo?

Eu: Não.

O Diogo ficou a olhar para mim. Parecia confuso.

A verdade é que eu esperava que ele reagisse de forma diferente. Ele sabe que eu odeio violência e, se não estivessem aqui o Paulo e o Rúben, sei que o Rafael não estaria em bons lençóis. 

Eu sei que ele apenas o fez para me proteger, para nos proteger. 

Ouço baterem à porta.

Diogo: Princesa, sou eu! 

Eu: Eu estou bem.

Diogo: Desculpa, eu sei que estás desiludida comigo. Eu reagi mal. Não sei o que me deu... Mas ele disse que tu ficarias melhor com ele! Eu não me consegui controlar. Desculpa, eu sei que tu mereces melhor do que isto...

Abri a porta. Não conseguia estar assim. Não quando ele tinha feito tudo isto para o nosso bem. E até o percebo... Eu própria teria dado um bom estalo naquela cara de parvo do Rafael.

Eu: Prometes que não o voltas a fazer? Mesmo se ele nos provocar outra vez?

Diogo: Vai ser difícil, mas, por ti, faço tudo. Eu prometo - disse, colocando as duas mãos no meu rosto.

Demos um dos beijos mais apaixonados desde que começámos namorar. Sinto que ele me leva para algum sítio, mas não me importo. Nada mais importa. Nem mesmo um parvo qualquer. Nada é mais importante do que o amor que sinto por ele.

O Diogo estava-me a levar para a nossa cama. Ele deita-me muito gentilmente, nunca separando os seus lábios dos meus. 

Diogo: Finalmente, sozinhos - disse, com um sorriso perverso.

Olhei em redor e, realmente, o Rúben não estava...

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