Capítulo 9

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Diogo: Olá, princesas. Querem jantar connosco hoje?

Eu: Onde?

Rúben: No Parque Nascente. É um pouco em cima da hora, mas nós gostavamos que vocês fossem.

Mariluz: Por mim tudo bem - disse, sorrindo - Desde que alguém me venha buscar a casa.

Rúben: Eu trato disso - disse, dando-lhe um beijo.

Diogo: Pessoal, respeito pelos solteiros, sim? ah ah ah e tu, princesa, vens connosco?

Eu: Não sei, tenho que falar com os meus pais, Diogo... 

Diogo: Queres que fale com eles?

Eu: Ia ser bonito... Ainda ias piorar ah ah ah 

Diogo: Não percebo porquê - disse, com um sorriso parvo.

Eu: É claro que vou, estou a brincar.

Diogo: Boa! - disse, dando-me um beijinho na bochecha.

O jantar correu muito bem, apesar de eu estar a sentir-me como uma grande vela. Não tens necessidade disso... Bem, vou dizer que vou à casa de banho para desanuviar.

Quando saí, o Diogo estava à minha espera. 

Diogo: Queres ir dar uma volta? Conheço um jardim que fica aqui perto. E assim já não nos sentíamos como uma vela ah ah ah

Eu: Claro! Vamos

Fomos até ao tal jardim, que era muito agradável por sinal. Sentamo-nos num banquinho.

Eu: Eles sabem que nós viemos para aqui?

Diogo: Eles já foram embora. Acho que hoje a noite vai correr-lhes bastante bem.

Eu: Já? - mas não levei muito a sério aquilo que ele disse. Afinal de contas, era o Diogo, o ser mais perverso à face da Terra.

Diogo: Nunca se sabe ah ah ah 

Ficamos por alguns minutos em silêncio.

Diogo: Guida, eu quero dizer-te uma coisa.

Eu: Diz - disse, sorrindo.

Diogo: Eu quero agradecer-te por tudo aquilo que tens feito por mim. A sério, se não fosses tu, tudo teria sido mais difícil. 

Eu: Não tens que agradecer, já sabes, podes sempre contar comigo.

Diogo: Eu quero que tu saibas que eu gosto muito de ti, Guida.

Eu: Eu também gosto muito de ti - senti que estava corada.

Ele sorriu e abraçou-me.

Diogo: Estás gelada. Toma - colocou o casaco dele em cima dos meus ombros.

Eu: Obrigada, não era preciso. Assim vais tu ficar com frio.

Diogo: Desde que não sejas tu a passar frio, está tudo bem.

Eu não sei o que pensar, o que dizer, o que fazer. Agora, sempre que estou com ele, eu quero sempre mais. Se ele me dá um beijo na bochecha, eu quero um abraço. Sempre que o vejo, sinto um frio na barriga. Faço de tudo para estar com ele. 

Será que todos têm razão? Será que ele me ama? Se assim é, porque é que ele não me diz nada? Há tanto tempo que tenho sentido isto, e ele nada. Tudo bem, ele não é como um mero melhor amigo, ele é especial. Está-me sempre a dar beijinhos e abraços, mas isso também faz parte da sua personalidade...

Ou será que não?

Diogo: Está tudo bem?

Eu: Sim, estava só aqui a pensar numa coisa.

Diogo: Queres partilhar comigo aquilo em que estás a pensar?

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