Capítulo 10

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Eu: Estava a pensar que quero ficar assim para sempre, aqui, contigo.

Diogo: Também eu, princesa - Ele puxou-me um bocadinho mais para ele e deu-me um beijinho na testa.

Eu suspirei e deitei a minha cabeça no ombro dele. Realmente, eu podia ficar ali para sempre a sentir o seu cheiro, o seu calor, a sua proteção. 

De repente, sinto uns braços a pegarem-me ao colo. 

Diogo: Adormeceste, princesa. Estou a levar-te para o carro.

Eu: Obrigada - murmurei, cheia de sono. 

Não sei como é que ele me consegue carregar desde o jardim até ao parque de estacionamento. No fim, ainda conseguiu abrir a porta do carro sozinho. É mesmo um Deus Grego...

Quando cheguei ao carro, percebi que não estavamos assim tão longe do jardim como eu pensava. Mesmo assim, continua a ser um Deus Grego.

Eu: Desculpa, não sei como é que fui adormecer... Eu não costumo ser assim.

Diogo: Ontém não te deitaste propriamente cedo, não é?

Eu: Por tua culpa - disse, sorrindo-lhe.

Diogo: Sim, por minha culpa.

Só quando chegamos a minha casa é que me apercebi da gravidade da situação. Já devia de ser muito tarde. 

Eu: Que horas são?

Diogo: Não se preocupe, Cinderela, chegou antes das meia noite - disse, com um sorriso irresistível - Eu fiz questão de a levar cedo para o carro.

Eu: Obrigada, a sério, se não fosses tu estava completamente tramada...

Diogo: O mesmo acontece comigo, quando não estou contigo.

O seu olhar intenso quase que me hipnotizou. Ficamos a olhar-nos segundos, minutos, não sei. Eu nunca me tinha sentido assim por ninguém. Há uns anos atrás, eu teria vergonha de estar sempre a abraçar um amigo, de lhe estar sempre a dar beijinhos no rosto, de olhar para ele sem lhe dizer nada. Mas, com ele, era diferente. Eu sentia que podia fazer tudo o que quisesse com ele. Eu estava completamente à vontade com ele.

Eu: É melhor eu ir andando.

Diogo: Sim, claro, amanhã é dia de escola...

Eu: Amanhã vou ter contigo ao hospital, ok?

Diogo: Sim, a minha irmã iria adorar. Eu iria adorar - disse, com um sorriso enorme.

Eu: Então, até amanhã.

Diogo: Até amanhã, dorme bem princesa.

Eu: Tu também. 

Ele aproximou-se de mim, muito devagar. Senti que estava a olhar para a minha boca. Talvez fosse impressão minha. Já conseguia sentir a sua respiração na minha pele. 

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