Capítulo 33

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Depois do estágio, fomos todos tomar um banho e almoçar. No fim, eu e o Diogo avisámos os rapazes que íamos dar um passeio para conhecer a cidade.

Depois de nos despedirmos dos outros, começámos o nosso passeio.

A cidade era realmente muito bonita. Havia imensos restaurantes com esplanadas. A cidade tinha imensos canteiros de flores e até havia um jardim muito bonito. Decidimos parar numa espécie de bar, para lancharmos.

Diogo: Eles iam adorar vir para aqui à noite - disse, dando uma pequena gargalhada.

Eu: Pois iam - disse, com um sorriso.

Depois de termos lanchado, sentámo-nos num banco de um parque.

Fez-me lembrar daquele dia em que eu adormeci nos seus braços. Agora que penso nisso, a minha vida mudou completamente desde que vim para aqui. 

Há apenas uns dias atrás, eu e o Diogo éramos os melhores amigos, éramos completamente inseparáveis. É certo que todos diziam que iríamos acabar juntos, mas, para mim, essa possibilidade não era posta em causa. Eu amava-o, mais do que tudo. Mas não conseguia admitir, não queria estragar a amizade perfeita que tínhamos construído em 8 anos.

Ele tornou-se o meu companheiro, ele tornou-se a minha vida. E agora, aqui estámos nós, de mãos dadas, a observar a paisagem. 

Parece um sonho, que finalmente se tornou realidade. Finalmente encontrei aquilo que sempre procurei. Finalmente, posso ser feliz e posso fazer alguém feliz.

Diogo: Está tudo bem, princesa? - disse, preocupado.

Eu: Sim, está - disse, um pouco atrapalhada.

Diogo: Em que é que estás a pensar?

Eu: Em nós. Em como tudo mudou em apenas alguns dias. 

Ele ficou muito pensativo. Formou-se um silêncio constrangedor.

Diogo: Guida, estás a tentar dizer-me alguma coisa? Isso é bom ou é mau?

Eu: Estás a brincar? É ótimo - disse, dando uma pequena gargalhada. 

Diogo: Por momentos assustaste-me, pensei que estavas arrependida - disse, encarando as nossas mãos.

Eu: Pelo contrário, cada vez tenho mais certezas - disse, beijando-o. 

Um beijo muito apaixonado que me fez esquecer de todos os problemas, de tudo e de todos. Naquele momento, éramos só eu e ele. 

Diogo: Nem quero imaginar quando chegarmos ao Porto - disse, com uma das suas mãos no meu rosto.

Eu: Nem eu... 

Diogo: Só de pensar que já não vamos poder dormir juntos, que já não vou poder passar todos os segundos do meu dia contigo... 

Eu: Eu sei, amor, mas iremos arranjar soluções... Há telemóveis... Eu sei que não é o mesmo, mas...

Ele interrompeu-me com um beijo.

Eu: Não podemos ficar assim...

Diogo: Eu sei, amor, vai correr tudo bem - disse, tentando sorrir.

Se ele continuar assim, eu juro que vou começar a chorar.

Eu: Por favor, não vamos falar nisto agora, está bem? - disse, com a minha voz já a tremer.

Diogo: Sim, vamos mudar de assunto, princesa - disse, dando-me um beijo na testa.

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