Deitei-me na nossa cama, à sua beira. Ele abraçou-me e puxou-me para a sua beira, no entanto, continuou a sua conversa.
Diogo: Não me apetece muito ver-vos bêbados. E depois quem é que trata de vocês?
Eu: Eu posso, eu não bebo.
Diogo: Nem penses, amor, serias... Bem, nem quero pensar... Eles ficam mesmo malucos, acredita em mim.
Eu: É assim tão mau?
Rafael: Digámos que da última vez acabamos detidos porque estávamos a tentar engatar umas miúdas - disse, corando.
Paulo: Oh, elas é que exageraram...
Diogo: Vocês não as seguiram a casa nem nada... E não sabes da melhor, Guida, quando elas entraram dentro de casa, eles tentaram fazer-lhes uma serenata. Foi de morrer a rir - disse, a rir-se.
Eu: ah ah ah imagino. E tu, também não estavas bêbado?
Diogo: Só um bocadinho, por isso é que fui atrás deles.
Eu: Que tipo de bêbado é que tu és?
Esta pergunta fez com que o Rafael e o Paulo soltassem uma gargalhada.
Rafael: Ele? É o bêbado chorão, não é princesinha? - disse, aproximando-se do Diogo.
Paulo: Coitadinho, naquele dia chorou porque o empregado nos expulsou do bar - disse, gozando com ele.
Eu comecei-me a rir, e ele pareceu amuar.
Eu: Desculpa, amor, não fiques assim. Teve piada - ele não ficou com boa cara - Pronto, teve só um bocadinho de piada, já parei - disse, tentando conter as gargalhadas.
Ele começou a rir-se e beijou-me.
Rafael: Pronto, já percebemos que não nos querem aqui. Vamos, Paulo. - disse, puxando o Paulo para a sua cama respetiva.
Naquilo tudo só tenho pena de termos que partilhar o quarto com eles... Senão, de certeza que estaríamos muito mais à vontade.
Diogo: Eu ainda não me esqueci da massagem - disse, sussurando-me ao ouvido.
Eu: Nem eu, amor - disse, sorrindo-lhe.
Depois do Diogo tomar banho, decidimos descermos para comermos, como sempre, alguma coisa antes de irmos dormir.
Eu: Tenho saudades daquela senhora da receção...
Diogo: Eu perguntei por ela ao rececionista novo, e ele disse que ela estava de férias. Por isso, princesa, acho que não a vamos voltar a ver.
Eu: Que pena...
Diogo: Pois é, era mesmo muito simpática, mesmo não nos conhecendo de lado nenhum.
Eu: Sim, também é o trabalho dela.
Continuamos a conversar. Depois, na esperança de que os outros estivessem a dormir, subimos para o nosso quarto. Pelo menos, o corredor estava silencioso.
No entanto, quando entrámos no quarto, estavam todos a ver um filme. Eu olhei para o Diogo e ele encolheu os ombros. Foi buscar uma manta e sentou-se no chão. Fez sinal para que eu o imitasse. Eu sentei-me no seu colo, e ele envolveu-nos com as mantas. No fim, deu-me um beijo na testa.
Diogo: Vamos esperar que adormeçam rápido - sussurrou ao meu ouvido.
Eu: Sim, esperemos que sim - disse, encostando a minha cabeça ao seu ombro.
O filme não era daqueles românticos, mas havia um casal de heróis que lutavam contra tudo e todos. Até houve uma parte do filme em que comecei a chorar descontroladamente. O herói do filme achava que a heroína o tinha traído. Mas, não, ela apenas tinha adormecido com um amigo seu, como muitas vezes eu e o Diogo fazíamos quando éramos amigos.
Quando o Diogo reparou que eu estava a chorar, sorriu e limpou as lágrimas que pareciam teimar em cair. Deu-me um beijo na testa.
Diogo: Eu amo-te, princesa.
Eu: Eu também te amo - disse, entre soluços.
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Who am I?
RomansMargarida é uma rapariga de 18 anos. A sua vida muda completamente com um rapaz, Diogo. Conheciam-se desde pequeninos, no entanto, nenhum dos dois tinha coragem de dar o primeiro passo. Ambos se amam muito, mas, será que são inseparáveis? Será que...