Capítulo 13

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O jantar estava divinal. A senhora Kate sabia fazer muito bem lazanha. Durante o jantar, estivemos a falar do estado de Carla. Ela estava praticamente recuperada. Só mais uns dias no hospital e estava ótima para voltar a casa. Todos pareciam animados, e ainda bem. 

Agradeci pelo jantar e depois o Diogo foi-me levar a casa. 

Diogo: Obrigado por teres ficado mais um bocadinho comigo - disse, parando o carro em frente à minha casa.

Eu: Obrigada eu, o jantar estava divinal. E gosto sempre de uma boa companhia.

Diogo: É pena amanhã ser dia de aulas...

Eu: A quem o dizes. Mas tem que ser, não é verdade?

Diogo: Pois é, infelizmente.

A sério? Conversa de sacha? Margarida, cnsegues fazer melhor que isto...

Ficámos outra vez a olhar um para o outro, naquilo que pareceu uma eternidade. O que quererá isto dizer? O Diogo fez-me uma festinha na cara.

Diogo: Bem, vai lá, princesa... Vemo-nos amanhã no treino?

Eu: Sim, claro.

Recebi um beijo na bochecha e um abraço que pareceu durar muito tempo.

Eu: Até amanhã, dorme bem.

Diogo: Dorme bem, princesa. Sonha comigo.

Eu: Eu vou tentar - disse, com um sorriso. 

O dia seguinte passou mesmo devagar. Nunca mais via a hora de estar com ele. Eu estou viciada nele. Antigamente, seria impensável ficar a estudar em casa de um rapaz só para estar mais tempo com ele. Mas, agora, faz todo o sentido...

Hoje fui mais cedo para o treino, e, como sempre, lá estava ele, todo sorridente.

Diogo: Olá, princesa, hoje vieste mais cedo.

Eu: Não tinha nada para fazer em casa - É isso, mente-lhe...

Diogo: Pois, eu também não - disse, passando a mão pelo cabelo.

Eu: Bem, vamos lá para o nosso cantinho? - disse, com uma pequena gargalhada.

Mestre: Meninos, onde é que pensam que vão?

Eu: Para a sala.

Mestre: Não, fiquem aí à espera.

Boa... Isso só podia significar uma coisa: bocas e mais bocas.

Rafael: Então, Mestre? Deixe os pombinhos irem para o ninho...

Paulo: Algum dia tinham que sair de lá, não era Rafael? É hoje o dia meninos... Como é que se sentem fora do vosso ninho?

Diogo: Calem-se, que chatos...

Rafael: Já não está cá quem falou, pombinho.

Eu: Deixa estar, Diogo, não lhes ligues. Isto é inveja...

Rafael: Inveja, eu? É que nem morto.

A aula dos miúdos tinha acabado, por isso, o Mestre veio ter connosco.

Mestre: Olá pombinhos. Olá Rafael. Olá Rúben. Olá Paulo.

Eu revirei os olhos.

Mestre: Hoje estás com espírito de carneiro, é, Margarida?

Nem lhe respondi.

Mestre: Bem, como sabem, o próximo exame que vão fazer é para cinto negro. E, também como devem de saber, todos os exames para cinto negro são feitos em Lagos. Por isso, meus meninos, queria-vos informar, com muito orgulho, que vão ter exame na próxima semana que vem e que, daqui a dois dias, partem para Lagos - disse, com um sorriso.

Eu: Desculpe? Mestre, o exame era daqui a um mês.

Mestre: Mas vocês já sabem que comigo não há datas para fazer exames. Vocês estão todos preparados, por isso, vão fazê-lo para a próxima semana.

Diogo: E o dinheiro? Os nossos pais nem sequer foram avisados...

Mestre: Os vossos pais já pagaram, meninos.

Paulo: Por mim tudo bem, é da maneira que despachamos isto.

Rafael: Por mim também.

Mestre: Só há um pequeno problema...

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