Capítulo 58

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O Diogo estacionou o carro. Ele saiu do carro para me poder abrir a porta. Mal me levantei, ele deu-me a mão e encaminhou-me para a sua casa.

Quando entrei, reparei que o Rúben estava na sala com o telemóvel na mão e com um sorriso parvo na cara. 

Diogo: Então, a hora das visitas já acabou, devias de a deixar descansar um bocadinho - disse, soltando uma pequena gargalhada.

O Rúben assustou-se e ficou um pouco corado.

Rúben: Bem... Espera, a Guida está aqui?!

Eu: Olá - disse, com um grande sorriso.

Rúben: Fico feliz por terem resolvido as coisas, pombinhos.

Diogo: Sim, sim - disse, quase empurrando-me pelas as escadas.

Mal o Diogo entrou no quarto, descalçou as suas sapatilhas. Eu imitei o seu gesto, para ficar mais confortável.

Diogo: Queres alguma coisa?

Eu quero-te a ti.

Aproximei-me dele e coloquei os meus braços à volta do seu pescoço, de modo a ficar mais próxima dele. Comecei um beijo lento. O Diogo pareceu ficar um pouco surpreendido, mas, logo correspondeu ao beijo. Os nossos lábios moviam-se em plena sintonia. Queria sentir cada segundo de proximidade que tinha com ele. Ele colocou os seus braços na minha cintura e puxou-me na sua direção. 

Sinto que bati em algo, a parede. O nosso beijo tornou-se bastante intenso. Já não conseguia raciocinar. Neste momento, não conseguia pensar. Só sentir. Senti-lo.

As mãos do Diogo começaram a entrar em contacto com a pele da minha barriga. Senti um arrepio e suspirei, acabando o nosso beijo.

Diogo: O que é que estamos a fazer?

Eu: Não digas nada, por favor.

O que é que eu estou a fazer? O que está a acontecer? Comecei a sentir pequenos beijos no meu pescoço. Enquanto isso, mexia no cabelo dele, puxando-o ligeiramente. Já não conseguia conter alguns suspiros que insistiam em sair dos meus lábios. 

Diogo: Amo-te - disse contra o meu pescoço.

Eu: E-eu também te amo - disse, num suspiro.

Já não queria saber da mentira do Diogo, nem do seu passado, nem dos seus erros. Eu amava-o. E, apesar de achar que tudo estava a acontecer demasiado depressa, sentia que tudo estava certo. Eu pertencia-lhe.

Os meus dedos trémulos percorreram a bainha da sua camisola, e rapidamente a tirei. Sempre adorei os seus abdominais tonificados. Passei a minha mãe por eles, fazendo-o arrepiar-se. 

Ele olhou para mim e desejo estava estampado nos seus olhos. Quando o Diogo começa a tirar a minha camisola, o meu telemóvel toca. 

Eu: Pode ser a minha mãe...

Diogo: Não... Por favor, agora não - disse, frustrado.

Eu:Desculpa, amor...

Diogo: Eu percebo, princesa - disse, sentando-se na beira da cama e pegando numa almofada que colocou no seu colo.

Soltei uma pequena gargalhada, de tão nervosa que estava.

Quando peguei no telemóvel, era um número que eu não tinha guardado.

Eu: Não sei quem é...

Diogo:Queres que atenda?

Eu: Por favor - disse, passando-lhe o telemóvel.

Diogo:Estou? Quem fala? - disse, enrugando a testa.

Ninguém parecia responder.

Diogo: Se é para brincar, não voltem a ligar. Temos coisas mais importantes para fazermos! - disse, entregando-me o telemóvel.

Diogo: Desculpa, fiquei irritado - disse, passando as mãos pelo cabelo - Fodasse, desculpa...

Eu não sabia se devíamos de continuar o que estávamos a fazer ou não... Eu estava-me a sentir tão bem, tão livre. Há muito tempo que não e sentia assim. Mas, por outro lado, não sei se seria demasiado precipitado. Olho para o Diogo e percebo que, também ele, principalmente ele, está constrangido. 

Diogo:Vem cá - disse, batendo com a sua mão na sua perna.

Sentei-me no seu colo. Entrelacei os meus braços no seu pescoço. 

Diogo: Não te quero obrigar a fazer nada, sabes disso, não sabes?

Eu: Eu sei, e não me sinto pressionada.

Diogo: Tu queres isto tanto como eu? - disse, fazendo com que a minha anca se aproximasse mais da dele. 

Eu: Sim - disse, num suspiro.

Não tinha a certeza daquilo que estava a fazer. Sinceramente, naquele momento, era o que eu mais queria. No entanto, acho que talvez nos estejamos a precipitar.

Diogo:En...

Fomos interrompidos pela porcaria do telemóvel. Levantei-me para o ir buscar e consegui ouvir o suspiro do Diogo. Era um número privado desta vez.

Eu: É privado. 

Diogo: Posso? 

Assenti logo. Ele atendeu e ninguém respondia, mais uma vez. Estou a ficar um pouco assustada com isto. Quando vou a pousar o telemóvel outra vez, recebo uma mensagem.

*Passa o telemóvel à tua namorada que brevemente passará a ser a tua ex. Ela não te merece e só está contigo porque não sabe metade das coisas que fizeste. Podes espancar-me outa vez, quantas vezes quiseres. Mas uma coisa podes ter a certeza: eu não vou desistir, ela vai ser minha.*

Quando acabo de ler o testamento, devo de ter ficado branca. Preocupação estava estampada na cara do Diogo. 

Diogo: Deixa-me ver, por favor, bebé.

Rapidamente lhe passei o telemóvel e sentei-me ao seu lado. Eu sabia que o Rafael tinha uma paixoneta por mim. Ele fez questão de que todos o soubessem e de fazer aqueles escândalos. Mas a frase posessiva tem-se repetido mais vezes do que aquelas que eu gostaria... «Ela vai ser minha».

Diogo: Eu vou matá-lo - disse, atirando o telemóvel para cima da cama. 

Eu: Tem calma, ele não é uma ameaça... - disse, tentando mentalizar-me.

Diogo:Ele está a abusar da minha paciência. Se eu o vejo...

Eu: Nada! Tu prometeste. 

O Diogo ficou a olhar para mim, como se estivesse a pensar muito bem naquilo que ia dizer. Acabou por respirar fundo.

Diogo: Desculpa, não queria dizer isso. Mas aquele palhaço está a abusar e está a meter-se com a pessoa errada, Guida!

Eu: Eu sei, eu sei... Mas, por favor, por mim, não arranjes confusões. É o que ele quer. Não percebes isso? - disse, aproximando-me dele e tentando acalmá-lo. 

Diogo: Eu amo-te e não te quero perder - disse, dando-me um beijo apaixonado.

Eu: Eu também te amo... Muito. 

Diogo: Não vou deixar que ele te toque - disse, encostando as nossas testas. 

Olá, olá :D 

Espero que estejam a gostar ;) Aceito qualquer crítica ou sugestão :)

Obrigada por votarem e por comentarem :)

bjs

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