“E ainda no mesmo canto, vi o meu choro cessar, as lágrimas
secarem na face e a esperança morrer, assim como eu também
morreria.”Sou arrastada pelo troglodita até o elevador, ele digita uma sequência de números e sinto um tranco, a caixa de ferro está em movimento.
Quando as portas são abertas, sou conduzida por um corredor
extremamente escuro, eu não consigo enxergar um palmo sequer à frente do meu nariz, mas o homem parece conhecer o lugar como a palma da sua mão.Uma porta é aberta e eu sou atirada dentro de um lugar pequeno e quadrado, as portas são de ferro, consigo ver após ele ter acionado um interruptor que eu acredito ficar do lado de fora, estou em uma espécie de cela, mas não envolta em grades, o ambiente é totalmente fechado.
— O que você vai fazer comigo? O que fez com o meu pai? ---pergunto e ele não se dá o trabalho de me responder. Gira sobre oscalcanhares, me deixando presa aqui nesse lugar frio e vazio.
Em seguida, a luz é novamente desligada, apenas o escuro preenche o ambiente e eu tenho certeza de que esse será o meu fim. Assim como foi o do meu pai.
O escuro confunde, mas eu nunca o temi, hoje pela primeira vez
tenho essa sensação, é como se uma fera, uma besta selvagem
fosse ser atirada para dentro desse ambiente em que estou sozinha e esse fosse ser o meu fim.Não há um barulho sequer, apenas as batidas fortes do meu coração e o soluço do choro que irrompe o meu peito e sai pela garganta.
Numa tentativa falha de proteção, me aninho em um canto qualquer,é como uma maneira de me auto proteger, embora minha consciência grite a todo instante que não irá adiantar nada.
Em um primeiro momento eu gritei por socorro, pedi uma ajuda que no fundo sabia que jamais chegaria, depois eu cansei. E ainda no mesmo canto, vi o meu choro cessar, as lágrimas secarem na face e a esperança morrer, assim como eu também morreria.
Ouço um barulho no ferro pesado da porta, a luz é acessa e eu pisco
várias vezes tentando adaptar os olhos a claridade, logo, o meu
carrasco entra no ambiente e eu salto de onde estou ficando de pé
rapidamente.— Cadê o meu pai? — falo, buscando reunir todas as forças que ainda tenho dentro de mim.
O homem dá um passo para o lado e três homens que parecem anjos entram no lugar onde eu estou.
Será que vieram me salvar? Será que ouviram ou souberam do meu
desespero e vieram me tirar daqui?Uma nuvem de esperança toma o meu peito, talvez seja isso, talvez
eles sejam anjos a me conduzir ao paraíso, eu espero poder
encontrar o meu pai lá.Os três homens são altos e fortes demais, arrisco até considerar que são os mais fortes que já vi em toda a minha vida. Eles se posicionam à minha frente, numa formação triangular perfeita, um deles mais à frente, e os outros dois se mantêm cada um em uma das suas laterais, um passo atrás do primeiro.
Estavam sincronizados, eram como uma orquestra perfeita, e ao olhar nos olhos do que estava à frente eu não senti a paz que um anjo deveria me trazer, ao contrário, eu senti medo, todo o meu corpo foi varrido por um calafrio de medo cru, como eu jamais senti em toda a
minha vida.O silencio deles, assim como o da prisão que eu me encontrava não
era bem vindo, todos me analisavam com cautela, como predadores prontos para atacar a presa. Era como se eles tentassem prever os meus movimentos e eu estava tão chocada que sequer conseguia me mover, eles devem ter percebido isso.— O que você quer? — Uma voz, grave como o trovão ressoa no
ambiente, fazendo eco contra as paredes vazias do lugar e na da
minha mente.— Meu pai — respondo assustada.
— E por que você acha que ele está aqui? — pergunta.
— Ele não está? — falo um pouco confusa, será que a senhora havia
mentido? Será que o meu pai não está aqui? Eu não consigo ver
nada através das expressões de nenhum desses homens, isso me
deixa perdida.— Eu faço as perguntas e você responde — ele diz com grosseria e eu tremo de medo.
— Alguém me falou que um de vocês o pegou,o que me trouxe até aqui. Eu queria dizer que ele pegou o meu pai, a senhora havia dito que fora o chefe e a postura do homem que fala diretamente comigo não nega que é ele.
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AprisionadaPeloChefe
FanfictionADAPTAÇÃO DA FIC:Aprisionada Pelo Chefe. Nessa fanfic o Bruno (nosso capita),não é um jogador de vôlei, saindo totalmente da sua realidade (ou nem tanto) ele é nada mais nada menos do que o chefe da Máfia italiana Dalla Costa. Um ser frio e impenet...