— E você acreditou? — pergunta, suas palavras rápidas e certeiras
me confundindo ainda mais.— Eu já o havia procurado em todos os lugares e não o encontrei —explico, um medo ainda maior me toma, não sei o que seria melhor, meu pai estar sob o poder desses homens ou não.
Os olhos do homem me esquadrinham por inteira, é como se ele quisesse me ler, mas não é necessário esse esforço, eu não tenho segredos, não guardo segredos. É exatamente isso que me trouxe até aqui, apenas a vontade de encontrar o meu pai.
— Quem você acha que eu sou? — ele pergunta.
— Não, Sim... — Não sei o que devo responder. — Quer dizer, ouvi algumas pessoas falarem e acho que estavam certas. — Resolvo ser sincera, sinto como se ele fosse capaz de identificar qualquer resquício de mentira ou omissão que saia dos meus lábios.
— Fico honrado que já tenha ouvido falar de mim, mas pode ser mais especifica sobre o que lhe disseram?
— Que você era o próprio demone encarnado — completo e quase
me arrependo do que disse no mesmo instante em que as palavras saíram da minha boca. Eu poderia ter dito qualquer coisa, qualquer outra verdade o convenceria, mas não precisava realmente dizer que
ele era o próprio demônio.— E você acha que estão certas quanto a isso. — Não é uma
pergunta. — Interessante. — Sua fala fria, quase me faz ver a transformação do anjo em demônio ao vivo e a cores, mas de uma forma estranha, eu não o temo.Sei que não deveria, mas não tenho medo dele, o que me motiva é encontrar o meu pai. E, enquanto os meus olhos ainda estiverem abertos é isso que farei, tentarei encontra-lo.
— Eu não quero saber de nada além do meu pai, só quero o meu pai,me diga onde ele está — falo e o sorriso cada vez maior me amedronta ainda mais.
— Muito apressada você — ele diz como se me repreendesse, como
se não estivesse satisfeito por eu tentar finalizar o quanto antes a
tortura que me impõe.— Se eu estivesse no seu lugar, tentaria retardar o momento e não o apressar. — Um dos outros homens que está atrás dele fala com um sorriso maior do que o do primeiro nos lábios. É um aviso eu sei, mas não consigo controlar o meu desespero.
Jogo-me sobre o homem na tentativa de o obrigar a me falar onde está o meu pai, tento esmurrar o seu peito, mas ele segura os meus pulsos firmemente, o sorriso nunca deixa os seus lábios, é como se todo o meu sofrimento e toda a dor que eu sinto nesse momento o satisfizessem, e por isso me desespero cada vez mais.
Sem forças para lutar contra ele ou para tentar me soltar do seu
aperto firme, caio sobre os meus joelhos, o choro nunca me abandonando. O desespero erguendo se sobre mim, e o pior, a certeza de que eu nada poderei fazer.Desde que a minha mãe morreu, eu salvei o meu pai por diversas
vezes, mas agora eu sabia que não conseguiria. Eu não teria como
salvá-lo do homem que ainda segurava os meus pulsos enquanto eu chorava de joelhos no chão.Minhas mãos estavam erguidas para cima, ele não havia se curvado um milímetro sequer para facilitar que os meus joelhos chegassem ao chão, pelo contrário, suas mãos estavam estendidas para a frente,
segurando firmemente os meus pulsos para cima, enquanto todo o
meu corpo pendia para baixo, ele sustentava o meu peso sem fazer
qualquer esforço para isso.Quando ele percebe que eu não farei mais nada além de chorar, ele solta os meus braços que caem pesadamente ao lado do meu corpo, e meus joelhos finalmente sustentam o peso do meu corpo.
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AprisionadaPeloChefe
FanficADAPTAÇÃO DA FIC:Aprisionada Pelo Chefe. Nessa fanfic o Bruno (nosso capita),não é um jogador de vôlei, saindo totalmente da sua realidade (ou nem tanto) ele é nada mais nada menos do que o chefe da Máfia italiana Dalla Costa. Um ser frio e impenet...