Capítulo 80

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Após termos dado um breve cochilo, pois a madrugada inteira estivemos acordados, Bruno me comunicou que a noite teríamos um jantar de
noivado, eu surtei é lógico.

Como assim ele vinha até Palermo, me convencia a voltar para ele, me pedia em casamento e já tinha um jantar de noivado marcado para a noite? Ele fez tudo isso em menos de vinte e quatro horas.

Eu não deveria me surpreender pois se tratava de Bruno Dalla Costa, o homem mais intenso e insano que eu conheci em toda a minha vida, mas ainda assim, eu estava enlouquecendo.

Passamos na casa do meu pai para levá-lo conosco, ele estaria presente no noivado, quando eu fosse apresentada aos capos como sua futura esposa. Eu
ainda tinha muitas coisas a resolver, afinal eu tinha estabelecido uma nova
vida, mas, no momento, só conseguia pensar que dentro de poucas horas eu seria oficialmente a noiva de Bruno Dalla Costa.

Quando chegamos em Roma, fomos direto para a mansão, papà preferiu ir até a nossa casa antiga, afirmando que precisava descansar um pouco,
durante a viagem, ele me disse que iria preferir voltar para Palermo, morar lá
estava fazendo bem para ele.

Eu sabia que, principalmente, por causa de uma certa vizinha viúva, eles ainda estavam se conhecendo, mas tinha certeza que depois de tudo o que
passaram ao perder os amores de suas vidas, seria bom para ambos essa nova relação.

Partiria meu coração estar distante dele, mas por outro lado seria egoísta da minha parte se pedisse que ele viesse comigo, assim como eu, ele precisava viver e ser feliz.

De certa forma, eu até gostei pois teríamos um pretexto para estar com mais frequência em Palermo. A cidade que não apenas me acolheu e curou as
minhas feridas, mas também foi o palco dos meus melhores momentos.

A mansão estava uma loucura, o jantar iria acontecer aqui, nós receberíamos todos os capos e suas famílias para o comunicado. Eu estava surtando,queria agir como uma perfeita esposa da máfia, queria que todos enxergassem que eu era a mulher ideal para Bruno, e por isso, corri de um lado para o outro, verificando se tudo estava como deveria.

Por volta de três horas da tarde, eu sequer havia bebido água, mesmo com Ângela atrás de mim a todo instante, avisando que as pessoas contratadas
para fazer a minha maquiagem e cabelo já haviam chegado há mais de duas horas.

Quando eu estava na cozinha com um avental preso a cintura, vi o homem que eu amava irromper o ambiente com uma cara enfezada seguido por uma
Ângela igualmente irritada.

— Me ponha no chão, Bruno, eu tenho coisas a resolver — eu grito e estapeio as suas costas enquanto ele sube as escadas de dois em dois degraus, como o belo ogro que é.

— Chega Luiza. — Ele me coloca no chão assim que chegamos no
quarto onde os profissionais contratados estão. — Saiam todos. — Em segundos estamos apenas nós dois no ambiente, o medo que as pessoas nutriam por ele, as faziam evaporar em questão de segundos.

— Mas Bruno, se tudo não estiver perfeito... — começo e ele me interrompe.

— Não me importo, amore mio, eu só quero que você esteja perfeita, tenho certeza que está tudo sob controle, e que qualquer pendência que venha a surgir Ângela poderá contornar.

— Mas eu quero...

— Eu exijo que você pare e descanse um pouco, nós não dormimos a noite e desde que chegamos você está correndo de um lado para outro nessa casa,
tome um banho, faça uma massagem, relaxe o corpo e esteja ainda mais bella para mim a noite. — Ele beija os meus lábio. — Eu te amo Luiza,
não importa o jantar ou as outras pessoas, isso é apenas nosso, eu só vou comunicar por causa da minha posição na máfia, então, se preocupe apenas com você.

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