"Antes eu amava a escuridão porque pensava fazer parte dela, agora eu a admiro porque através dela conseguimos ver a beleza das estrelas que piscam sendo mais fortes do que a escuridão que as cerca."
O jatinho pousa no hangar em Palermo às dezoito horas pontualmente, de uma forma estranha, lembro da minha mãe e de toda a sua devoção,
contradizendo tudo o que fui nos últimos anos, volto aos tempos em que fui catequisado e faço uma oração a Deus para que Ele conduza os meus passos
se merecer que Ele me ajude a trazer Luiza de volta, porque estou certo de que essa é a nossa última chance sem dúvida.No mesmo quarto onde estive com ela da última vez que viemos a Palermo,eu ainda enrolado em uma toalha, me deito para admirar as estrelas, até isso Luiza me fez enxergar de outra forma.
Antes eu amava a escuridão porque pensava fazer parte dela, agora eu admiro porque através dela conseguimos ver a beleza das estrelas que piscam, sendo mais fortes do que a escuridão que as cerca.
Luiza era assim, mesmo com a escuridão que eu trazia à sua volta, ao cercá-la, ela brilhava e se sobressaia a mim.
Olho no relógio, são nove horas da noite, resolvo me vestir e ir até sua casa,quero saber como é o local que ela vive, mesmo tendo me assegurado de que
seria ideal para ela e o seu pai, quero ver pessoalmente.Lucarelli conduz o carro até a casa e parece que a cada metro de aproximação, o meu coração palpita ainda mais acelerado.
- Pare aqui - peço que Lucarelli mantenha a distância ao estacionar, eu sabia que ela iria para a festa com Marco, seu pai tinha me dito quando sondei hoje à tarde, não contei que estaria aqui a noite, pela primeira vez eu estava inseguro.
Mesmo já tendo obtido informação sobre a interação entre eles, eu me surpreendi ao vê-los juntos e considerei que talvez ele fosse melhor do que
eu para ela, mas como eu sou um filho da puta, egoísta do caralho, desconsidero o lapso de consciência e decido que já lhe dei tempo demais.Observo quando ela sai, linda como sempre esteve, um vestido com um decote em formato de coração, longo e esvoaçante cobre o seu corpo,
algumas flores pequenas e delicadas ornam o tecido, o cabelo solto sobre os ombros e uma leve maquiagem. Mesmo longe, consigo captar cada detalhe que há nela, e mesmo que nos mantivéssemos a quilômetros de distância,
ainda assim, eu a enxergaria perfeitamente como se usasse lentes de aumento.Ela caminha na direção de Marco lentamente, um sorriso que antes era apenas destinado a mim estampa o seu rosto, ele escaneia todo o seu corpo e
eu controlo o meu instinto que grita para que eu o tire de perto dela.Vejo quando ele beija seu rosto, e demora por tempo demais ali, mas antes que eu não seja mais capaz de controlar meus impulsos, Luiza se afasta,
dando um passo para trás.- Ela ainda é minha. - Sorrio satisfeito.
- Sem dúvidas nenhuma, chefe - Lucarelli fala e eu me dou conta da sua presença e que, principalmente, falei em voz alta sem sequer perceber.
- Eu ainda não esqueci o que fez, Lucarelli - falo irritado, tentando manter alguma distância do homem que me acompanha por uma vida inteira.
- Tenho certeza que me agradecerá depois - Eu mal posso acreditar, logo ele que sempre manteve uma postura austera e respeitosa, agora acha que pode dizer o que pensa.
- Você está andando demais com Douglas,preciso rever esses contatos -resmungo e ele assente com a cabeça, mas noto que há algum resquício de
sorriso em seus lábios.- Seguimos ele, chefe? - pergunta assim que o carro de Marco entra em movimento.
- Não, eu preciso fazer algo antes, pare na frente da casa, por favor.
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AprisionadaPeloChefe
FanfictionADAPTAÇÃO DA FIC:Aprisionada Pelo Chefe. Nessa fanfic o Bruno (nosso capita),não é um jogador de vôlei, saindo totalmente da sua realidade (ou nem tanto) ele é nada mais nada menos do que o chefe da Máfia italiana Dalla Costa. Um ser frio e impenet...