Capítulo 26

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"Ela estava quebrada e eu queria apenas juntar os seus pedaços novamente

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"Ela estava quebrada e eu queria apenas juntar os seus pedaços novamente."

Eu sempre fui um amante das facas, sempre gostei de brincar com elas assim como os meus irmãos e por isso, mantemos juntos o que acredito ser a maior coleção de facas de sobrevivência de todo o mundo.

De todos três, o que mais tem admiração por armas brancas é Douglas,mas tanto eu quanto Lucas também apreciamos demais esse item que em um confronto corpo a corpo pode ser essencial para abater o
inimigo.

Ao longo dos anos, estudamos as melhores facas para performances corpo a corpo e cada um de nós sempre carrega consigo pelo menos uma das nossas preferidas, só que eu nunca imaginei sentir tanto
prazer em utilizar a que carrego comigo.

As nossas facas foram produzidas pelos melhores forjadores do
mundo algumas de aço damasco outras de carbono como a que
carrego comigo agora, mas todas funcionais, resistentes e
extremamente afiadas.

Meus irmãos com certeza não acreditarão que eu consegui decapitar um homem com a minha M9 Baioneta, que ela é extremamente letal nós já sabíamos, porém decapitar uma pessoa não é fácil, já tentamos outras vezes, mas ficamos no quase, a morte sempre foi
certa, mas a decapitação ainda não tínhamos conseguido.

Acho que foi o ódio que me dominou, eu nunca tinha sentido algo assim, talvez quando os meus pais sofreram o atentado, saber que eles estavam mortos acabou comigo, mas eu me reergui. Assumi a posição para a qual fui treinado e matei todos aqueles que estiveram envolvidos.

De longe, a mulher vestida de preto e com o corpo pequeno já havia chamado a minha atenção, mas eu não a havia reconhecido, ela estava tão... diferente. Sensual e sexy demais naquela roupa de
couro preta. Quando ela virou de frente para mim com a bandeja nas mãos, quase tive uma sincope e não consegui afastar os meus olhos do seu corpo.

Eu quis imediatamente tirá-la dali para que ninguém a visse daquela
forma, para que ninguém pudesse a desejar como eu estava fazendo.
Agir como um ogro era exatamente o que eu estava prestes a fazer quando a vi ser abordada por Martin, o gerente do lugar e imediatamente segui até eles.

Mesmo sem ainda estar próximo deles eu sentia o seu desespero,
sentia o seu medo e isso me destruiu, que merda Lucarelli fez? Eu disse para não jogar a garota na merda, tudo bem que os seus trajes eram de garçonete e não o que as prostitutas usavam, mas ele tinha que ter avisado a Martin os limites. Quando me aproximei deles já com a faca empunhada, eu o segurei pelos cabelos e tal qual Jason, o degolei em um corte limpo e certeiro que dividiu o seu corpo em dois.

Luiza estava jogada sobre o mármore frio, a parte de cima da sua blusa minúscula havia sido arrancada, sua saia estava embolada em sua cintura e uma das laterais da sua calcinha rompida.Ela estava totalmente exposta e em estado de choque, larguei a cabeça do verme rapidamente, tentando não a chocar ainda mais, todo o seu corpo estava banhado com o sangue de Martin. Ela estava paralisada, olhava para mim sem sequer piscar, e eu, pela primeira
vez na vida, não sabia o que deveria fazer.

- Ela está em pânico - Matteu fala, me tirando do torpor e me
fazendo lembrar da sua presença, não éramos eu e ela apenas ali, eu
precisava cobri-la mas ele foi mais rápido do que eu pela primeira vez, e acredito que pela última também, e jogou sobre ela o paletó que tirou do seu corpo, sem querer realmente tocá-la.

Ela estremeceu sob o contato do tecido com seu corpo, acredito que só agora se deu conta também da presença dele ao nosso lado. Luiza se encolheu, com medo do que viria a seguir, mas não tinha o que temer, eu estava aqui e a partir de agora ninguém mais encostaria um dedo sequer sobre ela.

- Você está bem? - pergunto e nesse momento ela chora, acho
que caindo na real do que acabara de acontecer, me aproximo com cautela - Não tenha medo, eu não vou te fazer nenhum mal, me dê a sua mão, deixa eu te ajudar.

Falo as palavras com a maior calma que consigo manter no
momento, minha adrenalina está em picos, meu sangue bombeia tão forte em minhas veias que eu consigo sentir a pulsação em todos os meus poros, ela ainda não conseguiu se mover, então com cuidado, me precipito em ajuda-la, alguns seguranças já fizeram isolamento da
área e seus corpos formam um muro em volta de nós. Sei que não
somos vistos mas quero tirá-la daqui.

O choro de Luiza cessou, mas seu corpo treme tanto que parece
convulsionar, tentando tocá-la o mínimo possível, levanto-a da mesa e sigo para a área dos quartos. Ela se assusta quando vê o caminho que estamos percorrendo, mas eu a tranquilizo, falando que ela
precisa tirar o sangue do seu corpo.

Enquanto me tranco com ela no quarto, sei que Matteu está
evacuando o cassino e provavelmente ligando para Carbone, o Capo responsável por aqui, ele é que deve limpar a sujeira do seu homem e
não nós.

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