Capítulo 57

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"Quem me diminuiu foi você, Bruno, com suas palavras rudese os seus gestos grosseiros, não espere que eu me curve diantede você como os outros

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"Quem me diminuiu foi você, Bruno, com suas palavras rudes
e os seus gestos grosseiros, não espere que eu me curve diante
de você como os outros. Tire a minha vida se quiser, mas se me
manter viva, jamais conseguirá me manter calada."

Eu estava triste por termos que voltar, Palermo tornava Bruno
uma outra pessoa, era visível a mudança nele.

No jatinho como ele fez questão de salientar, eu já pude sentir a sua
mudança, embora ele tenha segurado em minha mão e tentado me
tranquilizar, não era mais o mio angelo que estava comigo, quem
voltou para Roma sentado na poltrona ao lado da minha foi Bruno Dalla Costa, o chefe da máfia italiana.

Ao chegarmos em casa, fomos recebidos por Ângela, que agora eu
comecei a chamar também de Naná, era assim que ele a chamava
em alguns momentos e eu queria poder me sentir próxima de mais
alguém além dele.

Nós estávamos cansados e após o jantar fomos logo dormir, ele disse
que eu dormiria com ele, mas pedi que todas as minhas coisas
fossem deixadas no “meu” quarto. Eu queria ter o meu próprio espaço
pessoal, algum lugar para onde pudesse fugir se necessário.

Quando acordei pela manhã, Bruno  já havia saído e eu fiquei...
decepcionada. Afinal o que eu esperava desse homem? Queria
acordar e encontrá-lo ao meu lado? Caso ele não estivesse, eu queria
encontrar um bilhete de amor, flores e chocolates, para compensar a
sua ausência?

Talvez fosse realmente isso que eu esperava, mas precisava ter
consciência de que eu não teria, Bruno jamais faria esse tipo de
coisa, embora ele pudesse ser outra pessoa quando estávamos a
sós, a sua essência jamais seria mudada. Eu precisava me
acostumar.

Após ter tomado banho e vestido uma calça jeans, blusinha simples e
tênis, desci para o café da manhã. Fiquei chateada por estar sozinho
e quase não consegui comer nada, percebi a dimensão do problema,
porque rejeitar comida definitivamente não era comum para mim.

Resolvi conhecer a propriedade, passeei pelos cômodos da mansão e
me encantei por cada um deles, o único lugar que não entrei foi o
escritório dele, ali era o seu território sagrado, eu não iria invadir seu
espaço, embora ele invadisse o meu a todo instante.

Caminhei pelo jardim que eu tanto havia observado e me apaixonei
pelo cuidado em cada cantinho. Era como estar no próprio paraíso,
mas a paz do lugar não alcançava o meu coração.

Fiquei por muito tempo sentada em um dos banquinhos de madeira
trabalhada olhando para o céu, o leve vento gelado batia em minha
face, enquanto o sol fazia o trabalho de me aquecer, eu estava bem,
mas não estava em paz.

Almocei novamente sozinha e me tranquei em meu quarto, consegui
dormir um pouco durante a tarde, eu ainda não havia me recuperado
das intensas atividades dos últimos dias.

AprisionadaPeloChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora