“Chega dessa brincadeira de gato e rato, vamos brincar feito
adultos agora, você é a caça, e eu o caçador, se eu te pegar você será minha prisioneira até o seu último suspiro em vida, se você passar dos portões terá sua desejada liberdade.”Passei o dia inteiro ainda mais irritado do que é de costume, a
ragazza fazia questão de me tirar do sério, mesmo quando eu
estendia uma bandeira branca propondo uma trégua, mas não, ela não queria.Mesmo sendo apaixonado pela macarronada da Naná, eu quase não consegui comer, de repente, com poucas palavras ela havia me tirado totalmente o apetite, me afundei novamente no escritório.
Eu iria me encher de trabalho para tentar esquecê-la. Assim que
Lucarelli chegasse, a sua primeira função seria providenciar um lugar para colocar a garota e sumir com ela das minhas vistas.Ela estava me tirando o foco, e principalmente, me tirando do sério. Eu não podia permitir isso.
Tive boas notícias sobre os Russos, pouco a pouco eles estavam
sendo eliminados, havia a possibilidade de uma dupla estar aqui em Roma, mas eu estaria atento e os rastrearia, se realmente estivessem aqui. Eles não sairiam com vida, eu iria garantir pessoalmente.Lembrei dela quando Ângela me levou um café expresso e alguns
biscoitos no meio da tarde. Eu havia a deixado com fome, isso estava me incomodando, mas a criatura precisava me afrontar tanto?Será que Ângela teria lhe dado algo para comer, contrariando as
minhas ordens? Pela primeira vez desejei que ela não tivesse me
obedecido, eu não falaria isso em voz alta, de forma alguma, mas
desejei que ela tivesse alimentado Luiza. No fundo sabia que essa
possibilidade era grande, ela havia se apegado a menina, eu pude perceber.Tentei e consegui desviar a minha atenção para o trabalho, entre
ligações e contatos influentes consegui descobrir que os Russos
realmente estavam aqui, dois deles entraram em Roma e o destini dos dois já estava traçado.Avisei a Matteu para que ele aumentasse a segurança do complexo, separei um espaço especial, para leva-los assim que conseguisse captura-los, afinal eu faria questão de lhes dar uma hospedagem cinco estrelas. Seria uma cortesia da Máfia Italiana, um aviso para outros que ousassem pisar no solo sagrado de la mostra terra.
Por volta de oito horas da noite meu celular toca, vejo que é Matteu e estranho, ele está na guarda externa da casa, será que houve algum problema?
— Chefe?
— Sim?
— Acabei de pegar a prisioneira tentando fugir — ele fala e eu mal
posso acreditar em suas palavras, será que Luiza foi tão burra
assim?— Você a capturou? Não toque nela. Onde vocês estão? — Despejo perguntas e ordens que espero que ele entenda.
— Sim, senhor. No jardim central, na frente da mansão.
— Já estou a caminho — aviso já ficando de pé
— Eu o aguardo. — Encerro a ligação e saio do ambiente feito um raio.
— Por favor, meu filho, não faça nada com a menina. — Ângela me
aborda no meio do caminho.— Você a ajudou? — pergunto mesmo sabendo que ela jamais faria isso.
— Claro que não, senhor, eu jamais o trairia — fala me tranquilizando
— Eu sei Ângela, sei que não seria capaz.
— Claro que não seria, mas por favor não a machuque. Ela não
merece, sei que a menina já sofreu demais, e se ela quiser ir, deixe que vá meu filho, se for para ser sua ela voltará, ninguém tira de nós algo que é nosso, e se for para ser será. — Naná como sempre, fala tudo o que pensa e quase consegue me irritar mais do que Luiza.— Do que está falando?
— Você sabe, Bruno, não negue mais o que eu enxerguei desde a
primeira vez que os vi juntos.— Você está variando, velha enxerida.
— Não estou não, meu menino. Escute o que eu lhe digo, deixe-a ir, e verá que ela vai ficar, acredite na experiencia dessa velha enxerida— fala com um sorriso nos lábios e eu não me dou o trabalho de responder. Saio da mansão bufando de ódio.
De longe eu consigo ver Luiza ajoelhada no chão, eu estava com
raiva, com muita raiva, principalmente depois das palavras de Naná.Será que ela estava certa? Será que eu realmente estava querendo
Luiza por perto e por isso a mantinha aprisionada? Será que eu deveria deixa-la ir?Enquanto caminhava a passos largos, cogitei várias possibilidades, mas a única que eu tive certeza é que eu não a queria distante.
— Pode ir agora Matteu, eu assumo daqui pra frente. — Dispensei o meu segurança, eu queria lidar com ela sozinha.
— O que pensa que está fazendo? — pergunto quando recupero o
folego e controlo a raiva.— Fugindo!? — A desaforada fala com rebeldia.
— E por acaso você acha que iria conseguir? — questiono com uma
sobrancelha erguida— Talvez sim — responde, e eu tenho vontade de rir.
— Pois que fique claro, ragazza, que você não conseguirá, nem que
eu precise te algemar aos pés da minha cama, para que eu mesmo te sirva de guarda. — ameaço.— Você não seria capaz disso, seria? — O medo de que eu
realmente fizesse isso crepitou em sua fala.— Tente fugir novamente e é exatamente isso que eu farei, agora levante, vamos para dentro. AGORA — falo sem nenhuma paciência.
— Eu vou embora daqui, não quero e não vou ser sua prisioneira para sempre, não consigo viver dessa forma. E se for para ser assim eu prefiro morrer, me mate Bruno, me mate. — Ouvir ela preferir a
morte do que ser minha prisioneira me rasgou por dentro. Eu não a queria morta, também não a queria sofrendo, se estar perto de mim lhe fazia tão mal, eu lhe daria uma chance.— Levanta, Luiza — falo.
— Não. — Ouço sua resposta.
— Levanta e eu te dou uma chance de fugir de mim. Se conseguir eu garanto a você que não irei atrás. — Deixo clara a minha intensão.
— O que você vai fazer comigo?
— Te dar uma chance de fugir, chega de joguinhos, eu nunca
mantenho ninguém preso por muito tempo. Eu mato na primeira semana, mas eu não fiz com você, e talvez esse tenha sido o meu erro, eu deveria ter matado você e o seu pai — começo a falar e ela me corta. Luiza é a única pessoa que tem coragem de interromper as minhas falas, as vezes acho até engraçado isso.
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AprisionadaPeloChefe
FanfictionADAPTAÇÃO DA FIC:Aprisionada Pelo Chefe. Nessa fanfic o Bruno (nosso capita),não é um jogador de vôlei, saindo totalmente da sua realidade (ou nem tanto) ele é nada mais nada menos do que o chefe da Máfia italiana Dalla Costa. Um ser frio e impenet...