ADAPTAÇÃO DA FIC:Aprisionada Pelo Chefe.
Nessa fanfic o Bruno (nosso capita),não é um jogador de vôlei, saindo totalmente da sua realidade (ou nem tanto) ele é nada mais nada menos do que o chefe da Máfia italiana Dalla Costa. Um ser frio e impenet...
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"Eu precisava me afastar para pensar em quais seriam os meus próximos passos e decisões, tê-la por perto talvez não me ajudasse muito"
Já em casa, segui direto para o meu quarto, estava com fome, mas precisava de um banho para tirar o cheiro de sangue podre que ainda estava sobre o meu corpo. Mesmo tendo tomado banho eu ainda me sentia sujo e fedorento, o sangue russo fedia mais que os outros, eu estava certo disso.
Naná me confirmou que havia providenciado tudo o que pedi para Luiza, e que ela estava no quarto organizando a mala para partirmos, comi uma maçã, antes de sair da cozinha, eu estava faminto, afinal já eram duas horas da tarde, mas havia decido deixar para almoçar no jatinho.
Eu estava estranhamente ansioso para chegar a Palermo.
Antes de bater à porta de Luiza, me questionei se era certa minha decisão de leva-la comigo, se eu precisava me afastar para pensar em quais seriam os meus próximos passos e decisões, tê-la por perto talvez não me ajudasse muito, mas mesmo assim decidi leva-la comigo.
Quase me arrependi imediatamente, assim que depositei os meus olhos sobre ela. Fui bombardeado por perguntas, e questionamentos às minhas decisões, lembrei-me por que eu havia decidido me manter o mais distante possível das mulheres,mamma fazia com o mesmo com o coitado do papà. Ele tinha que lhe dar mil e uma explicações sobre tudo dentro de casa não havia segredos, ela tinha conhecimento de qualquer coisa que ele fizesse, apenas fora de casa, agia como uma perfeita esposa submissa da máfia, ela era fantástica, mas nós sabíamos bem, quem realmente mandava quando ela estava irritada.
Assustava-me enxergar muito dela em Luiza, sobretudo por eu sempre ter idealizado que quando eu me casasse, queria poder ter um relacionamento como o dos meus pais, uma mulher em que eu pudesse confiar a minha vida de olhos fechados, que estaria por mim quando eu precisasse, mas como poderia encontrar alguém assim, se quando estamos no escuro até a nossa própria sombra não permanece ao nosso lado?
Eu achava que mammá e papá eram um caso atípico e não acreditava que eu poderia ter a mesma sorte. Aliás eu não acreditava em sorte, eu era um bom jogador, conhecia as regras do jogo quecomandava e por isso sempre obtive êxito, e assim seria, nunca foisorte, sempre foi trabalho duro e dedicação.
Mandei que ela ficasse quieta e agradeci por ela ter seguido as instruções pela primeira vez na vida, seguimos de carro até o hangar onde o meu jatinho nos esperava.
- Vamos sair de Roma? Da Itália? - Ela questiona assim que se dá conta de onde estávamos, se não fosse todo o meu treinamento, teria revirado os olhos irritado, mas apenas saí do veículo e abotoei o sobretudo quando senti o vento gelado bater em minha face.
De relance, vi Luiza fazer o mesmo com a peça que lhe cobria e agradeci mentalmente à Ângela. Ela me seguiu e assim que subimos as escadas, Luiza paralisou.
__O que houve? - pergunta, tentando entender.
- Eu nunca andei de avião - fala, girando sobre os calcanhares e olhando para mim e eu vejo o medo serpentear em seus olhos.
- Está com medo, Luiza? - pergunto com um sorriso, brincando em meus lábios.
- Isso é mais uma das suas torturas? - questiona com a voz embargada e eu me sinto um pouco culpado pelo tom que empreguei na minha pergunta.
- Não, Luiza. Tenho outros hábitos de tortura, uma viagem de jatinho definitivamente não se enquadra nestes termos. - Saliento que não é um avião e sim um jatinho para que ela entenda a diferença.
- E se ele cair? - pergunta assustada.
- Não vai, Luiza. Eu te garanto que não irá cair, vamos entre. - Coloco as duas mãos nas laterais da sua cintura e a giro para que possa continuar o percurso até uma das poltronas.
Coloco-a sentada ao lado do lugar que sento todas as vezes que viajo e vejo quando as nossas malas são colocadas no quarto que tem na parte traseira, minhas malas pessoais nunca vão no compartimento de bagagens, caso eu precise de algo, ademais o local está quase sempre preenchido por armas.
Lucarelli e Matteu se sentam a duas poltronas atrás de nós e vejo a porta sendo fechada, olho para as mãos de Luiza que tremem visivelmente, não é que ela realmente tem medo de voar? Espero que ela possa se acostumar logo, pois eu sempre estou viajando. Que merda acabei de pensar? Como assim estou fazendo planos de levála em minhas viagens?
- Luiza? - chamo sua atenção
- Sim - responde e sua voz está tão tremula quanto suas mãos.
- A viagem não será longa - falo baixo, olhando em seus olhos para que veja a verdade e se tranquilize. - Em cerca de uma hora e vinte minutos, talvez um pouco mais já teremos chegado, estamos indo a Palermo. - Resolvo falar o destino para tranquilizá-la.
- Palermo? É muito distante, vamos levar horas até chegar lá.
- Não de jatinho, não estamos indo de carro, piccola - explico e ela acena com a cabeça, toco minhas mãos nas suas e noto o quão suadas estão. - Vou prender o cinto em você tudo bem?
- Sim - ela concorda, então puxo as tiras de couro e as amarro em sua cintura, testando se estão firmes.
- Já vamos decolar, você poderá sentir um desconforto no ouvido além de um leve frio na barriga quando estivermos subindo, se quiser, aqui temos chiclete. - Aponto uma caixinha à nossa frente. - Pode aliviar um pouco a situação, depois que o piloto estabilizar no ar, essas sensações irão passar e será como se estivéssemos em terra firme - garanto e ela assente com a cabeça, mas ainda insegura. - Ainda está com medo?
- Sim.
- Se você quiser pode segurar em minhas mãos - falo e nem eu mesmo acredito em minhas palavras, mas como se estivesse esperando por isso, Luiza aperta os meus dedos rapidamente entre os seus e eu fico satisfeito por poder lhe servir de conforto no momento.