Capítulo 73

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"Eu a perdi, e me perdi no processo, o homem que eu me tornei após sua chegada em minha vida acabou de se partir em mil pedaços

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"Eu a perdi, e me perdi no processo, o homem que eu me tornei após sua chegada em minha vida acabou de se partir em mil pedaços."

Tentei abrir os olhos, mas a dor que senti era como se facas afiadas estivessem sendo cravadas ininterruptamente em cada um deles.

— Luiza? — chamo, tentando entender o que está acontecendo.

---Você está bem, meu filho?— Ouço a voz de Naná e forço os meus olhos a se abrirem,eu estava acostumado com a dor,esse incomodo não era nada perto de tudo o que já passei.

— O que aconteceu? Onde Luiza está? — Não respondo sua pergunta.

— Vou ligar para seus irmãos,eu fiquei de avisá-los quando você acordasse —avisa quando eu forço o meu corpo a sentar na cama.

— Pare Ângela,onde está Luiza? O que aconteceu?— pergunto ríspido,não como o menino que ela criou,mas como o chefe da máfia e ela entende o recado.

— Eu não sei, senhor. — Ela estende um copo com água e dois comprimidos em minha direção — O senhor sabe que alguns assuntos não são reportados
a mim,os seus irmãos podem esclarecer suas dúvidas,vou chama-los.

— Onde está Luiza? — Insisto.

— Eu não sei senhor,a senhorita não dormiu na mansão hoje — fala e se retira em seguida.

Ângela sai do quarto,me deixando sozinho,após tomar osbcomprimidos que ela me entregou,levanto da cama e sigo para o banheiro. Enquanto a água
gelada cai sobre a minha cabeça e corpo,eu tento entender o que aconteceu,porque o meu corpo parece ter sido atropelado por um caminhão, mas eu não
lembro de nada.

A última coisa que tenho lembrança é de estar no escritório, analisando
alguns papéis e da chegada de RosaMaria, depois disso nada mais. É como se o dia de ontem não tivesse existido.

Rosa Maria havia esquecido alguns papéis em sua casa e pediu que Lucarelli fosse buscá-los, ficamos resolvendo algumas pendencias do cassino, eu não
lembro de ter visto Luiza após isso, e também não lembro de ter recebido os papéis.

Eu jamais bebi para ficar embriagado, o controle é uma das minhas principais armas, e a dose de whisky que tomei com RosaMaria jamais faria esse
estrago em mim, a não ser que...

— Ela não seria louca a esse ponto ou seria? — questiono a mim mesmo e saio do banheiro ainda molhado, enrolando apenas uma toalha em volta da minha cintura.

Ligo o notebook que estava sobre a mesa de cabeceira, de repente, sou tomado pelo nervoso, de alguma forma eu sei que o que quer que tenha acontecido comigo entre ontem e hoje é o que fez Luiza não estar aqui.

A sensação de não estar no controle nesse momento me incomoda, algo me
tirou do eixo e eu preciso descobrir o que foi.

Acesso o sistema de câmeras da minha sala, apenas eu tenho acesso a essas filmagens para garantir a minha privacidade, assim como os meus irmãos em
suas salas. Guardamos as senhas um do outro à sete chaves, e jamais a utilizamos, é uma regra entre nós.

AprisionadaPeloChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora