— Deixe o meu pai de fora, sou eu que te desafio o tempo inteiro,
então desconte sua raiva em mim apenas.— Não seja tola menina, eu deixo que você me desafie, ainda não
percebeu? Acho engraçada essa sua petulância. Essa sua mania de
achar que pode medir forças comigo, mas não pode, Luiza. Você não tem forças para lutar contra mim, e vou te provar isso agora,chega dessa brincadeira de gato e rato, vamos brincar feito adultos agora, você é a caça, e eu o caçador, se eu te pegar você será minha prisioneira até o seu último suspiro em vida, se você passar do portões terá sua desejada liberdade. — Deixo claro o que acontecerá aqui agora, mas como sempre, com Luiza sempre tem um porém,ela queria garantir que conseguiria escapar, então eu entendi que Ângela estava certa, eu precisava deixá-la ir já que não teria coragem para matá-la. Ninguém precisava saber o que eu realmente sentia,mas eu a deixaria ir, estava decidido.Falei para ela quais seriam as suas vantagens, ela ainda não sabia, mas a sua saída pelos portões do complexo já era certa, eu apenas aproveitei mais uma vez, para sentir o seu cheiro e tocar em seu corpo, quando sussurrei em seu ouvido como seriam as regras e apontei por onde ela deveria seguir, eu queria manter o seu cheiro delicado guardado em minha mente, por isso respirei em seu pescoço.
Senti quando ela se arrepiou, seu corpo estremeceu levemente. Eu
pude sentir porque ainda estava colado no meu, se eu sussurrasse
mais um pouco naquele pontinho do seu pescoço, próximo a sua
orelha, poderia jurar que ela deitaria um pouco mais o pescoço para a lateral e pediria por mais. Se derreteria em meus braços, eu me afastei para não fazer exatamente isso, não tentar convencê-la a ficar utilizando de outras artimanhas. Eu já tinha decidido deixaria que
partisse.Dar-lhe cinco minutos de vantagem, não era nada para mim, eu poderia dar dez e ainda assim eu a alcançaria, mas eu a
acompanharia de longe até o fim, até que ela cruzasse os portões e eu tivesse que não só deixa-la partir como também apaga-la da
minha mente. Eu queria aproveitar os últimos minutos em sua companhia.Dei as ordens a Matteu, eu sabia que ele havia ficado insatisfeito com o que eu disse, as últimas informações davam conta que os Russos estariam rondando a propriedade, por um instante me preocupei com ela, será que eles a pegariam? Eu poderia mandar que alguém a seguisse em segurança até sua casa, era isso, eu precisava parar de
procurar desculpas para mantê-la aqui quando tudo o que ela mais
queria era distância de mim.Assim que eu dei as ordens e Matteu se foi, mandei que ela corresse.Ela o fez, vi Luiza correr como se sua vida dependesse disso e enquanto ela corria eu apenas caminhava em seu encalço, mantendo uma distância para que ela achasse que ela havia ganhado e eu perdido, no fundo era isso mesmo, mas não da forma que ela iria interpretar.
Quando ela entrou na reta longa que já lhe dava visão dos portões,
eles começaram a abrir, era Matteu seguindo minhas ordens
enquanto eu queria correr e impedir que ela fosse. Eu queria que ela ficasse, mas ela iria, ela hesitou, eu vi quando olhou para trás me procurando, será que ela iria voltar como Naná falou, ou a velha estava errada como eu pensava.Infelizmente, ela estava errada. Luiza voltou a correr em direção a
sua liberdade, mas foi aí que eu vi, um carro se aproximava com os faróis apagados, na escuridão era quase imperceptível, mas meus olhos treinados viram, então eu corri, sabia que em menos de dez segundos eu a alcançaria, e corri em sua direção, certo de que eu poderia perder a minha vida no confronto mas salvaria a dela,esperava que Matteu estivesse tão atento quanto eu.E quando o som da primeira rajada de tiros soou, eu sabia que vinha do meu soldado, empurrei Luiza e esperava que ela não se
machucasse, mas essa era a única forma de tirá-la da linha de tiros
que eu sabia que viria em minha direção.Saquei a minha arma da cintura e revidei, senti quando fui atingido de raspão na barriga e no ombro esquerdo, quando vi que eles estavam recuando, me deixei cair no solo, sabia que ela estava a salvo e que meu soldado lidaria com o restante.
Acredito que Luiza não conseguiu de fato acompanhar toda a
situação. Ela não estava acostumada com tudo isso, por isso, vi de relance quando ela se levantou cambaleando e se aproximou hesitante de mim.Eu vi a dúvida estampada em seu rosto, Luiza olhava entre mim e
o portão, então eu lhe disse o que tinha pensado desde o momento
que saí da mansão.—Vá, minha Luli, eu te dou sua liberdade, eu te deixo ir. — Meu
coração se quebrou com as palavras ditas mas eu precisava lhe dar isso.— SOCORRO, SOCORRO... Alguém me ajuda, por favor —
Surpreendendo-me, ela se abaixou ao meu lado. Com um cuidado que há muito tempo eu não sentia, ela segurou minha cabeça e repousou em seu colo enquanto implorava por ajuda, eu já sabia que os meus homens estavam a caminho então relaxei no conforto dos seus braços.— Não se assuste, mia bela, eu estou bem, vai ficar tudo bem. —
Tento tranquilizá-la o desespero dela estava me incomodando.— Já vamos para o hospital, chefe — Matteu fala quando um dos
carros parou ao meu lado.— Eu vou junto — Luiza fala.
— Não. Você fica — Matteu tenta impedi-la.
— Não foi um pedido, Matteu. Foi uma ordem — Minha Luli, falou
como se fosse a dona da porra toda e ela era realmente.Vi o meu homem de confiança hesitar diante dela, da sua postura segura e quando ele, mesmo temeroso tentou segurá-la, validei a sua ordem. Eles que se acostumassem com ela a partir de hoje, se ela decidiu ficar, eu jamais a deixaria partir.
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AprisionadaPeloChefe
FanficADAPTAÇÃO DA FIC:Aprisionada Pelo Chefe. Nessa fanfic o Bruno (nosso capita),não é um jogador de vôlei, saindo totalmente da sua realidade (ou nem tanto) ele é nada mais nada menos do que o chefe da Máfia italiana Dalla Costa. Um ser frio e impenet...