"Geralmente, eu fico em êxtase quando sinto que as pessoas
temem a minha presença, mas com ela sentia algo diferente,
esse sentimento não me satisfazia, era exatamente o contrário,ele me perturbava."Durante todo o tempo que estivemos no ar, tentei tranquilizar Luiza como podia, eu realmente não queria que ela se sentisse tão insegura e com medo.
Não me sinto bem por lembrar todas as vezes que a fiz me temer.
Geralmente, eu fico em êxtase quando sinto que as pessoas temem a minha presença, mas com ela sentia algo diferente, esse sentimento não me satisfazia, era exatamente o contrário, ele me perturbava.Durante a descida, Luiza, novamente, ficou tensa, tentei distraí-la para que ela não notasse a rápida aproximação com o solo, mas quando as rodas tocaram o chão ela respirou aliviada.
Dois carros já nos aguardavam, dispensei Lucarelli para que ele fosse com Matteu no outro carro, de uma forma estranha eu desejava não compartilhar a companhia de Luiza com mais ninguém.
— Um castelo? — Quando paro o veículo aguardando que abram os
portões da propriedade, Luiza leva as mãos a boca surpresa.— Quase — explico. — Digamos que seja uma réplica menor de um castelo, aqui só temos trinta suítes, dez salões, cinco salas de jantar,e mais alguns outros poucos cômodos, se fosse um castelo, teria, no mínimo, o dobro do tamanho do que temos aqui, é apenas uma propriedade de descanso.
— Nossa, quanta modéstia “só temos trinta suítes”. — Ela tenta imitar a minha voz, engrossando a sua e eu sorrio. — É lindo aqui. —Suspira quando passamos dos portões, e ela tem uma visão mais
ampla do local.Mas a arquitetura do local realmente é a mesma de um castelo, é um lugar a se admirar, de fato, as colunas altas de pedra se destacam como forte de observação, os jardins que circundam a propriedade, tem as cores mais incríveis que já vi, até levamos algumas mudas para o jardim do complexo, lá elas ficaram muito bonitas, mas aqui as mesmas plantas eram maravilhosas de uma forma que eu mal consigo explicar.
Acredito que a mesma sensação de paz que sinto quando venho
aqui, Luiza também está sentindo, é como se ela estivesse em um
plano distante, em uma realidade paralela, talvez onde apenas a
beleza do local tivesse a sua atenção. Eu concordava que realmente,em uma primeira vez neste lugar, todos deveriam se sentir exatamente assim.Ela quase salta para fora do carro assim que estaciono, admirando
avidamente cada lugar que os seus olhos alcançam, mas ela não faz ideia do real tamanho deste lugar.— Vamos entrar? — chamo sua atenção após deixá-la admirar um
pouco a paisagem local.Como demoramos um pouco a sair de Roma, chegamos por volta de cinco e meia da tarde, a temperatura começou a cair, não é como o frio de Roma, mas ainda assim, está bem diferente do dia nessa região que costuma ser quente.
— Sim, vamos — ela responde, o sorriso sumindo dos lábios de
repente, como se temesse o que estava por vir.— Espero que aproveite a estadia, senhorita. — Faço um gracejo
como uma reverência, indicando que deve entrar na minha frente e
tentando trazer de volta o sorriso aos seus lábios e consigo, fico satisfeito com o meu feito.—Grazie, signore — fala quando segue à minha frente, mas novamente paralisa com a beleza do local.
Ao passar das portas de entrada, um amplo salão se descortina, apenas estatuas e objetos de decoração adornam o ambiente, há uma imensa escadaria que nos conduz ao andar superior, todo esse ambiente pode ser visto através de espécies de galerias como as de teatro, dispostas por todo o andar superior formando uma abobada circular acima das nossas cabeças.
O assoalho feito de madeira dá maior destaque as decorações, a escadaria coberta por um imenso tapete vermelho.
— Onde coloco as malas, senhor? —Lucarelli pergunta, tirando Luiza do torpor que se encontrava e nos trazendo à realidade.
—Coloque ambas na frente do meu quarto,pedi que preparassem o quarto ao lado do meu para ela — aviso e ele segue.
— Você vem muito aqui? — ela pergunta, dando alguns passos à
frente e girando para observar o lugar— Sempre que posso.
— Vamos subir, preciso acomodá-la e de um banho.
— Eu tenho que refazer os curativos, você tomou banho e saímos em seguida, eu esqueci de refazê-los, fala e noto a preocupação em sua voz.
— Não se preocupe, Ângela deve ter colocado o kit de primeiros socorros e as medicações em minhas malas, assim que terminar o banho vou até você para que os faça.
— Vamos subir, então — Luiza percorre com a ponta dos dedos
os detalhes esculpidos que adornam toda a escadaria, e devido ao seu escrutínio cuidadoso por todos os lados levamos muito tempo para chegar ao topo da escada.— Eu nunca pensei em estar em um lugar assim, é lindo demais,
cada escultura, cada imagem nas paredes, as armaduras, é tudo tão
fantástico que parece ter saído dos filmes — fala quando seguimos pelo imenso corredor que nos levará aos quartos.— Que bom então que te trouxe.
— Obrigada, Bruno — fala quando nos aproximamos das malas.
— Não por isso, Luiza, você já conhecia Palermo?
— Não.
— Ótimo, então tome um banho, se quiser.E assim que eu terminar
vamos sair,vou lhe mostrar alguns lugares,jantaremos fora também,não pedi que preparassem nada para o jantar.— Se quiser eu posso fazer.
— Você cozinha?
— Não é como se eu fosse uma chef, mas consigo fazer uma massa.
— Ótimo, quem sabe amanhã você não faça o nosso jantar?
— Será um prazer lhe servir, signore — Luiza fala e de repente eu interpreto as suas palavras de outra forma.
— Tenho certeza que sim, Luiza — respondo, abrindo a porta do
quarto onde irei acomodá-laVejo-a admirar todo o ambiente, que segue o estilo de todos os ambientes da propriedade. O quarto tem os móveis em estilo vitoriano, mas diferente de alguns ambientes que a madeira escura prevalece, aqui tudo é dourado, com os estofados em um tom claro, bege talvez. No centro do quarto, uma imensa cama com dossel,dourada com capitonê bege, como os tons dos móveis, uma penteadeira com um imenso espelho e duas poltronas no mesmo estilo de decoração e entalhe da madeira também compõem o ambiente.
Ela gira cento e oitenta graus, olhando todo o ambiente e consigo visualizá-la como uma princesa vestida com um imenso vestido rodado, ela se encaixa perfeitamente nesse lugar. Considero que não apenas neste local, mas também em minha vida.
Surpreso com o pensamento repentino,mostro-lhe rapidamente o ambiente, o banheiro,onde encontrará os itens básicos que irá precisar e me retiro para o banho, preciso resfriar os meus pensamentos e acredito que só conseguirei fazer isso estando distante dela.
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AprisionadaPeloChefe
FanfictionADAPTAÇÃO DA FIC:Aprisionada Pelo Chefe. Nessa fanfic o Bruno (nosso capita),não é um jogador de vôlei, saindo totalmente da sua realidade (ou nem tanto) ele é nada mais nada menos do que o chefe da Máfia italiana Dalla Costa. Um ser frio e impenet...