Capítulo 44

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"Decidir entre a famiglia e o que eu desejo, pode não ser umatarefa muito simples afinal, se fosse a alguns dias atrás eu nãoteria dúvidas quanto à qual seria a decisão correta, mas agora não tenho tanta certeza assim

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"Decidir entre a famiglia e o que eu desejo, pode não ser uma
tarefa muito simples afinal, se fosse a alguns dias atrás eu não
teria dúvidas quanto à qual seria a decisão correta, mas agora não tenho tanta certeza assim."

— Eu lhe perguntei algo, Luiza? — Olho em sua direção, tendo
certeza de que os meus olhos atiram adagas contra o seu.

— Não, senhor — fala, e embora suas palavras sejam de respeito, o
tom deixa claro a sua irritação.

— Ótimo, responda apenas o que eu lhe perguntar — aviso. — Acho
que já terminamos o café, vou vestir uma roupa e em quinze minutos iremos ao galpão. — Jogo o guardanapo sobre a mesa e saio irritado em direção ao meu quarto.

Troco de roupa, vestindo um dos meus ternos pretos, preciso
descontar a minha raiva e frustração em alguém e tendo os russos como prisioneiros, agradeço por não precisar caçar alguém para isso.

Saio do quarto e dou de cara com Luiza plantada em minha porta.

— Preciso refazer os curativos — diz com a voz mais baixa do que eu esperava, ela não gritou ou questionou como sempre fazia, será que ela estava triste?

— Depois, Luiza. Não tenho tempo para isso agora. — informo,
mas a mulher me segura no antebraço, tenho que confessar que a sua coragem me surpreende.

— Por favor, Bruno. Eu garanti que faria o necessário para que se
recuperasse logo — Eu concordo contrariado, voltando para dentro
do meu quarto, considerei que era melhor que eu estivesse com os
curativos, pois com certeza eu faria algum esforço físico e talvez isso contivesse um possível sangramento.

Não espero que ela desfaça os botões da minha camisa, eu mesmo a retiro, Luiza segue para o local onde havia guardado o kit de primeiros socorros, sento-me na poltrona e aguardo.

Nós ficamos em silêncio, ela limpa cada um dos meus ferimentos,
passando cada um dos itens que o médico receitou.

— Devagar — falo enquanto ela cuida dos pontos em meu abdome.

— Se você conseguir ficar quieto, talvez não o machuque tanto —
responde, me olhando nos olhos.

— Você gosta do Lucarelli? — pergunto, não contendo a curiosidade e a raiva que guardei desde que subi.


— Sim. — Eu não contenho a surpresa com a sua resposta direta. —Quer dizer, ele foi bom para mim, ele é um homem bom, me protegeu quando chegamos no cassino, eu não esperava isso dele — tenta justificar.

— Não se engane, menina, nenhum de nós é bom — digo irritado.

— Você também é, Bruno. Pelo menos comigo você é bom, me ajudou, me salvou, me protegeu quando pode — fala olhando nos meus olhos e eu engulo em seco, levantando-me em seguida, ela já havia concluído o curativo.

AprisionadaPeloChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora