— Você? — ela questiona quando me vê entrar, está sentada no
centro da cama, com os joelhos encolhidos próximo ao peito. Lembra que essa era a posição que ficava quando estava na masmorra.— Quem você esperava? — questiono irritado e quase me
arrependendo de ter batido a porta, em seu rosto está estampado o descontentamento em me ver no ambiente.— Ângela. — noto que na mesinha de cabeceira há uma bandeja com
louças, acredito que Ângela tenha lhe trazido a refeição aqui.Percebo que a roupa que ela veste é minha, a velha está ultrapassando todos os limites do bom senso e começo a ficar irritado.
— Pois não é ela, sou eu.
— Estou vendo — responde me afrontando.
— Desça para almoçar, eu te espero em dez minutos — aviso e já me ponho a sair do ambiente, estar na presença dela me tira do sério. Como pude pensar que um almoço poderia ser... agradável?
— Com você?
— Acho que fui claro quando disse: “eu te espero em dez minutos” ---digo, não estando acostumado a dar explicações a ninguém sobre nada, principalmente, a quem me deve subserviência.
— Pois eu não vou.
— O que disse? — pergunto apenas para ter ideia do que ouvi.
— Que eu não vou almoçar com você — repete.
— Isso não foi um pedido, ragazza, foi uma ORDEM. — Deixo clara minha posição.
— Você só pode ser louco, doente, ou sente prazer com o sofrimento
alheio, ou talvez todas as opções juntas, não é mesmo? Você
sequestra o meu pai, me prende em uma masmorra, me joga em um cassino exposta a todos os riscos que aquele lugar poderia me oferecer a agora me convida para almoçar? Você só pode ser um sádico. — Luiza pula da cama enquanto fala me desrespeitando
totalmente e eu me controlo para não ser de fato o sádico que ela diz e lhe dar umas boas palmadas para que me respeite.— Não, eu não sou sádico, mas poderia se quisesse. Se ainda não
entendeu eu posso tudo, Luiza. Tudo o que eu quiser estará em
meus pés se eu assim o desejar, e não se iluda, ragazza não é um
convite para almoçar, não estou te propondo um encontro. Queria
amenizar apenas o que passou ontem, mas vejo que já está
recuperada.— O que eu passei ontem foi culpa sua — ela grita e as suas palavras me atingem, mas eu não demonstro.
— Que seja, eu realmente não me importo — falo e noto a sua
surpresa com as minhas palavras. — Se não descer em dez minutos
para almoçar comigo, ficará com fome — Bato a porta atrás de mim.Eu realmente não deveria ter ouvido a velha enxerida, fazer o que ela disse só me trouxe aborrecimentos.
— ÂNGELA — Grito quando chego à sala e pela primeira vez não a
encontro pronta para me servir.— Sim, senhor. — Tenho certeza que ela notou a minha falta de
humor repentina.— Quem autorizou que desse para a menina minhas roupas?
— Senhor, ela não tinha o que vestir e como quando chegou vestia seu paletó eu pensei que... — Começa a justificar e eu a interrompo.
— Pois você tem pensado demais, Ângela. E isso está começando a me irritar, guarde os seus pensamentos para você a partir de agora.
— Sim, senhor — diz com a cabeça baixa.
— Outra coisa, ela só irá almoçar se descer para comer comigo, caso contrário, ficará com fome — aviso e ela abre a boca para questionar, mas basta olhar em minha direção para se calar.
— Tenho sua permissão para sair, senhor? Tenho que terminar de
servir o almoço — fala e eu sei que nem a mulher que me criou quer ficar ao meu lado e suportar minha irritação.— Sim, Ângela. Pode ir — Ela começa a se retirar, mas eu chamo sua atenção novamente antes que saia.
— Sim, senhor.
— Compre roupas para ela — falo e ela se retira após concordar com
a cabeça.Assim como pensei, Luiza não desceu para almoçar, não faria
diferença, afinal já estava acostumada a não ter o que comer. Meu coração se apertou um pouco com o pensamento de tê-la passando fome novamente quando eu poderia lhe dar qualquer alimento que
precisasse, mas eu não cedi, ela teria que aprender a me respeitar,
por bem ou por mal.
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AprisionadaPeloChefe
FanfictionADAPTAÇÃO DA FIC:Aprisionada Pelo Chefe. Nessa fanfic o Bruno (nosso capita),não é um jogador de vôlei, saindo totalmente da sua realidade (ou nem tanto) ele é nada mais nada menos do que o chefe da Máfia italiana Dalla Costa. Um ser frio e impenet...