Capítulo 43

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“Vejo Luiza dormindo, tão serena que me pergunto como amulher pode estar tranquila dormindo ao lado do homem que já lhe disse várias vezes que a mataria a qualquer instante

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“Vejo Luiza dormindo, tão serena que me pergunto como a
mulher pode estar tranquila dormindo ao lado do homem que já lhe disse várias vezes que a mataria a qualquer instante."

Abro os olhos lentamente ao ouvir um burburinho na porta do meu
quarto, consigo distinguir as vozes de Douglas e Lucas, assim como a voz de Naná, mas não sei ao certo o motivo da possível discussão entre eles.

Tento me mover para colocar ordem na bagunça, mas sinto um peso sobre o meu braço direito, olho para o lado e vejo Luiza dormindo,tão serena que me pergunto como a mulher pode estar tranquila dormindo ao lado do homem que já lhe disse várias vezes que a mataria a qualquer instante. Será que ela não possui nenhum senso de perigo?

Aos poucos a memória do que aconteceu começa a retornar, nossa pequena discussão antes do almoço, eu a deixando sem comida, ela tentando fugir de mim, e eu, finalmente,entendendo que não conseguiria tirar sua vida, então deixando-a ir.

— Ai merda! — Resmungo quando tento mover o braço esquerdo
para tirá-la de cima de mim, mas sinto o membro ferido fisgar com um resquício de dor. Enquanto tento me concentrar na tarefa de tirá-la do meu peito para descobrir o que meus irmãos tanto rosnam, a porta se
abre com brusquidão.

— Puta que pariu — Douglas fala com um sorriso no rosto e Lucas
apenas me olha questionando o que está acontecendo silenciosamente.

— O que estão fazendo aqui? Vocês não tinham um trabalho a fazer?— questiono irritado com a invasão.

— Tínhamos e fizemos — Lucas avisa, me dando a informação de que estão todos mortos.

— Ótimo, agora saiam — ordeno.

— Saiam o caralho — Douglas retruca.

— Douglas — falo seu nome em uma clara advertência.

— Oh meu Deus! — Luiza fala envergonhada quando acorda,
tentando puxar os cobertores para se cobrir — Eu não... não deveria— começa a se explicar e eu a corto.

— Não precisa falar nada — aviso. — E vocês eu já disse saiam,
porra.

— Nós vamos sair, irmão, mas só depois que você explicar que
caralho aconteceu por aqui, e o porquê você não nos avisou, nós
ficamos preo... — Ele começa a dizer que estavam preocupados, mas se calam por causa da presença de Luiza.

Eles não sabem nada sobre ela, e chefes da máfia jamais demonstram fraqueza ou preocupação, mas eu pude notar no semblante dos dois, que o que quer que tenham feito para adiantar o serviço foi para estarem aqui o mais rápido possível. Sabia que eles queriam ver com os próprios olhos que eu estava bem.

— Em dez minutos no escritório — aviso e eles concordam antes de sair.

  — Me perdoe, Bruno. Eu não deveria ter encostado em você, ou melhor, deveria ter permanecido no sofá.

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