Não posso mantê-la prisioneira para sempre, então as minhas opções são: dar-lhe alguma função dentro da máfia ou mandá-la para um dos
nossos cassinos/bar.A segunda opção não me agrada nenhum pouco, sei que é para lá
que vão as filhas deserdadas da famiglia ou as mulheres tomadas
como pagamento de dívidas, mas todas elas merecem estar naquele
lugar, a menina que cantava docemente para o seu pai, não.O seu olhar demonstra determinação na mesma medida que deixa clara a sua inocência, eu aposto que ela jamais fora tocada por um homem, jogá-la em um dos cassinos a destinaria a prostituição ao uso do seu corpo e eu jamais fazia isso sem que elas mesmas aceitassem, e no fundo eu sabia que Luiza jamais aceitaria. Eu preferia condenar uma mulher a morte do que ao abuso e exploração forçada do seu corpo.
A morte para ela não é uma opção. Então eu preciso encontrar algo para que ela me sirva.
- Estou pronto. - Falo com meu chefe de segurança assim que ele
atende a ligação, em menos de um minuto ele entra em minha sala.- Sim, senhor.
- Vamos à masmorra, prepare a entrega que temos que fazer em
Caserta para o velho, ele deverá ser retirado da masmorra no início da noite, quando o movimento do bairro diminuir, e deve seguir direto para a entrega, você será o encarregado de lhe passar as instruções, ele não deve falhar. - Dou as coordenadas, deixando claro o aviso
de que se o velho falhar, ele também terá falhado.- Considere feito, chefe - concorda. - E quanto a menina?
- Durante esse primeiro trabalho do velho, a manterei aqui para
garantir que ele não faça nenhuma bobagem, depois a utilizaremos quando necessário, assim como ele. - informo.- Quer que eu desça para informar o serviço? - pergunta.
- Eu mesmo o farei. - falo quando me coloco de pé, fechando o
botão do terno de três peças que visto.Entro no elevador e mantenho a postura impenetrável enquanto sinto pela primeira vez o meu coração acelerar.
As portas do elevador se abrem na masmorra e Lucarelli se precipita à minha frente, o ambiente frio e estéril acalma as sensações que antes me dominavam. Lucarelli abre as portas da cela onde os dois
são mantidos e eu entro no ambiente.O cheiro não é agradável, mas não se compara a quando o seu pai
estava sozinho.Ela levanta os olhos em minha direção e as enormes olheiras me
surpreendem. Quando a vi agora a pouco pelo sistema de câmeras,
ela estava de cabeça baixa e não consegui ver o seu olhar, mas
agora de tão perto, percebo que ela não deve ter dormido mais de
duas horas por noite nos últimos dias.Pode ser que o frio a tenha impedido ou o medo do inesperado, doque iria acontecer a eles dois. Talvez os dois associados a fome,dada a pouca ingestão de alimento, ainda que eu tenha permitido um pouco mais, ainda assim é pouco para os dois.
- Levantem-se. - falo os encarando.
O velho assustado,
rapidamente, se põe de pé se precipitando em puxá-la para
acompanha-lo, ele realmente está melhor. Provavelmente, os
cuidados da filha o tenha salvo, já ela, a cada segundo que a encaro,
parece definhar ainda mais.- Vai nos matar? - ele pergunta.
- Ainda não - respondo, o encarando e ele me olha como um
ratinho assustado. Confesso que muito me agrada a reação que
causo nas pessoas.- Por favor senhor, eu suplico pelas nossas vidas, pela vida da
minha filha - ele começa, e eu ergo a mão o interrompendo.- Poupe-me dessa ladainha - aviso. - Vim pessoalmente informar
o que acontecerá a vocês dois, para que não reste dúvidas quanto ao que devem fazer e se agirem contra isso, deixo claro que a morte será o caminho de ambos.Falo e vejo o velho engolir seco.
- Liberte-o, não foi esse o acordo, a minha vida pela dele? - a menina fala, contestando o que eu acabo de dizer.
- Eu nunca faço acordos menina, achei que já tivesse entendido
isso, eu apenas digo o que farão e vocês fazem sem contestar.- Isso não é justo - fala perplexa.
- A minha justiça sou eu que coordeno, não sigo os padrões dos
outros, apenas os meus. A partir de agora não me interrompa mais.- Vejo a raiva flamejar em seus olhos, mas quando o sustento, ela abaixa a cabeça em seguida, cortando o contato. Sei que teme mais pela vida do seu pai do que pela sua própria, mas sem me importar com os motivos fico satisfeito, é assim que deve ser: eu falo e ela escuta em silencio.- Hoje à noite,Lucarelli lhe tirará daqui - falo diretamente com o
seu pai. - Ele lhe dará instruções sobre o que fará, não o questione,
nem lhe cause problemas, sua filha será mantida aqui, então, se você não fizer o que ele disser, ela morre, se nos der trabalho, ela morre,se pedir ajuda a alguém, ela morre, se falhar, ela morre. Sua morte será a consequência para qualquer situação que eu não deseje. Eu lhe garantirei uma morte lenta e dolorosa, farei questão de fazer isso
pessoalmente. É um aviso - termino e o velho deixa as lágrimas de medo rolarem por seu rosto.Cumpro o que vim fazer aqui, giro sobre os calcanhares para sair do ambiente, mas antes de cruzar a porta ouço um sussurro da menina que me impede de seguir
-Sei un mostro! - Isso mesmo, ela teve a audácia de me chamar
de monstro.
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AprisionadaPeloChefe
Fiksi PenggemarADAPTAÇÃO DA FIC:Aprisionada Pelo Chefe. Nessa fanfic o Bruno (nosso capita),não é um jogador de vôlei, saindo totalmente da sua realidade (ou nem tanto) ele é nada mais nada menos do que o chefe da Máfia italiana Dalla Costa. Um ser frio e impenet...