Capítulo 79

39 2 0
                                    

"Joguei todos os meus medos e angústias de lado e me joguei em seus braços novamente, eu amava esse homem com todas as minhas forças"

Bruno só podia estar ficando louco, não havia outra explicação. Após o show que protagonizamos na pista de dança, ele me arrastou para fora do salão sem sequer se despedir de ninguém.

Eu percebi que se eu recusasse ou me opusesse a sairmos naquele momento era provável que ele me jogasse sobre os ombros e me carregasse para fora de qualquer jeito.

— Você está louco — falo, sorrindo quando chegamos a porta do local onde acontecia o evento, suspeitava que Lucarelli já havia saído para buscar o carro.

— Louco por você, mi amore — ele diz ainda sem parar de andar rapidamente.

— Devagar ou eu vou acabar caindo com esses saltos — Tento me equilibrar e acompanhá-lo ao mesmo tempo que uma das minhas mãos mantinha a barra do vestido longe do chão e dos meus pés, evitando também a queda.

— Não seja por isso, mia bela. — Dou um pequeno grito quando ele me tira do chão e me carrega em seus braços até o carro que acabara de estacionar à nossa frente. — Eu tenho pressa.

— Para onde estamos indo?

— Para nostra casa — fala tranquilamente.

— Meu pai, ele vai ficar preocupado. — Tento justificar, mas no fundo sei que quero evitar estar a sós com ele, como vou conseguir pensar racionalmente tendo-o tão perto de mim?

— Não se preocupe, eu já o avisei.

— O que? Quando? Como?

— Hoje mais cedo, assim que você saiu com Marco eu estive em sua casa, eu avisei que você dormiria comigo.

— E quem disse que eu vou? — Cruzo os braços e a sobrancelha, desafiando-o.

— Eu estou disposto a usar toda a minha persuasão, mio amore, para garantir que essa noite você seja minha — fala, aproximando-se como um felino prestes a atacar sua presa, sinto sua mão envolver o meu pescoço e o seu hálito fresco resvalar em minha pele, me arrepiando inteira.

— Esse é o problema, Bruno — sussurro em um fio de voz quando os seus lábios passeiam lentamente por minha pele sem realmente tocar em lugar algum, apenas a sua respiração me alcança, mas eu sinto como se ele tocasse em todo o meu corpo. — Eu não suportarei ser sua por uma noite e vê-lo partir ao amanhecer.

— E quem disse que eu irei? — questiona com uma voz rouca.

— Eu sei que não pode ficar.

— Mas posso levá-la comigo, Luli, sarai mia per sempre.

— Ser sua prisioneira novamente?

Mia moglie

— O que disse? — questiono, tentando confirmar se ouvi o que suponho de fato.

— Vamos entrar, amore mio, lá dentro nós conversaremos — fala quando a porta do carro é aberta por Lucarelli, eu sequer havia percebido que já
havíamos feito todo o trajeto.

Era assim quando eu estava com Bruno, ele me envolvia em uma névoa de sensações, me fazendo perder totalmente a noção de tempo e espaço.

Entramos no castelo e eu o admiro como fiz da primeira vez que estive aqui,não havia como ser diferente diante de tanta beleza.

— Vamos? — Bruno chama minha atenção.

— Para onde?

— Para o quarto — ele afirma, erguendo a sobrancelha para mim.

AprisionadaPeloChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora