22. Faça o que quiser!

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— Deixa eu ver se entendi — Marlee começou, enquanto tomávamos café — Ele mora em Dakota, é rico, solteiro, tem vinte anos e faz faculdade?

— Sim — eu disse.

— E não esta interessado em você? — Kriss perguntou.

— Não. Apenas se preocupou comigo.

— E não esta interessado em você? — Kriss perguntou de novo.

— Ele me chamou para jantar essa noite — eu disse, bebendo meu suco.

Marlee e Kriss arregalaram os olhos.

— Você não vai, não é? — Marlee perguntou.

— Vou. Ele chamou toda minha família. Aparentemente os pais dele ficaram preocupados comigo também e querem se desculpar.

— Te pagando um jantar? — Kriss perguntou.

— Sim. Só não sei onde.

— E o Maxon? — Marlee perguntou.

— O que tem ele?

— Por ele tudo bem?

— Porque não estaria?

— Porque você vai jantar com a família de um loiro, alto, bonito e rico. Quando a família dele foi rude com você!

— Bobeira. É só um jantar.

— Se é só um jantar, não tem porque não contar para ele — Kriss disse.

— Vou falar quando ele vier. Agora, vocês irão para a escola. Eu vou tocar piano, sei lá.

— Até mais tarde — Marlee disse, se levantando.

— A gente volta depois da aula — Kriss disse, pegando a bolsa — Vamos Marlee, ainda tenho que passar em casa.

Assim que elas saíram, ficou um silencio na casa. Todos já tinham saído e agora eu estava sozinha. A campainha tocou cinco minutos depois.

— Esqueceu alguma coisa Marlee? — gritei, indo ate a porta.

Quando abri, dei de cara com o Dimitri.

— Já falei que meu nome é Dimitri — ele disse, sorrindo.

O sorriso dele não era tão sedutor quanto o de Maxon, mas ainda assim, era lindo.

— A que devo a honra de sua visita? — perguntei, me apoiando no batente da porta.

— Se me lembro bem, você não esta em condições de ir a escola. E imaginei que tivesse sozinha em casa. Então decidi vir e lhe fazer companhia. Fiz mal?

— Não. Seria bom ter alguém com quem conversar. Mas como não te conheço muito bem e você fez meu carro capotar no primeiro encontro, não o convidarei para entrar. Mas podemos ficar aqui na varanda.

— Eu adoro varandas — ele disse, sorrindo.

Sentamos no mesmo lugar de ontem e começamos a conversar. Ele é alguém fácil de papo. Poderíamos ter ficado horas falando besteira. E eu acho que ficamos, pois quando me dei por conta, Maxon estava parado na minha varanda, olhando para nós.

— Maxon — eu disse, levantando — Oi. Saiu mais cedo hoje?

— Não — ele respondeu secamente.

Fui até ele, seguida por Dimitri. Segurei sua mão e sorri. Ele não sorriu de volta, apenas olhou para Dimitri. Os dois se encaravam. Dimitri olhou de Maxon para mim com o cenho franzido.

— Melhor eu ir. Foi ótimo conversar com você America.

— Tchau Dimitri.

—Tchau Maxon — ele disse, estendendo a mão.

A Seleção - Uma vida normalOnde histórias criam vida. Descubra agora