A Seleção - Uma vida normal

51. Primeiro Casamento

POV Marlee

Meu dia chegou. Finalmente chegou. Lipe se esforçou bastante para deixar tudo perfeito. Estamos em Carolina desde ontem, mas apenas hoje, sábado, que caiu a ficha. Vou me casar hoje.

A ultima semana foi muita correria. Aquele casamento simples, no quintal da minha casa, sob a grande arvore na qual cresci subindo com minhas melhores amigas, que estão ao meu lado até hoje. Meus olhares revezavam entre a janela, onde eu posso ver os últimos preparativos e minhas amigas e nossas mães arrumando as roupas.

É um tipo de felicidade difícil de explicar. Lá em baixo, Lipe supervisiona Maxon, Aspen e Carter, que trabalham sem camisa, junto com alguns outros antigos colegas de escola. Suspeito que Lipe esteja se divertindo um pouco mais do que deveria.

Quando chegamos, fomos o assunto da cidade. Todos queriam saber de nós, principalmente de Maxon, o que me incomodava muito. Como a America aguenta todo esse assedio? Como ele aguenta?

Muitas pessoas confirmaram presença, até mesmo meus antigos professores. Mal posso esperar para ver o Dani. Ouvi a porta se abrindo e fechando logo em seguida, e quando olhei em volta, nossas mães tinham saído.

— Marlee? — Meri me chamou.

— Sim?

— Hora de começar a se arrumar — Kriss disse, dando dois tapinhas na cadeira a frente delas.

— Vocês estão perdendo o espetáculo — eu disse, indo até elas — Carter, Maxon e Aspen estão desfilando seminus no meu jardim.

— Pra que assistir a um desfile, quando eu posso ter boa parte na minha cama? — Meri perguntou.

— A noite vai ser boa então? — perguntei, rindo.

— Sempre é. Maxon é uma máquina.

— Sem muitos detalhes — Kriss pediu.

— Com detalhes — pedi logo em seguida.

— Na outra semana, ele teve que viajar a negócios — Meri começou, penteando meu cabelo — e ficar longe por duas noites, o transformou!

— Ai. Meu. Deus — exclamei — e o que aconteceu?

— Quebramos a mesa de centro do apartamento dele — ela disse, rindo alto.

— Quebraram? — Kriss perguntou, corando.

— Em nossa defesa, não era muito resistente — Meri explicou, dando de ombros.

— Era de que? — Kriss perguntou.

— Não sei. Alguma madeira.

— E vocês quebraram? Como fizeram isso? — Perguntei, rindo ainda mais.

— Não quebrou ao meio. Ela só desmontou toda. Os pés caíram, eu cai no chão. Fiquei dolorida por dias — Meri explicou, enrolando meu cabelo em grandes bobes.

— Dolorida por causa da mesa ou por causa do Maxon? — perguntei.

— Acho que a mesa na interferiu em muita coisa — ela disse, sorrindo maliciosamente.

— Por isso estava tomando aquele remédio? — perguntei.

— Não. Aquilo era pra uma inflamação que eu estava no ouvido. Nada demais — ela respondeu.

— Nossa — Kriss disse, em voz baixa.

— Não se faz de santa não Kriss, você e Aspen andam muito saidinhos — Meri disse, apontando um dedo para ela.

— O que? — Kriss perguntou, nervosa.

— Quando estávamos todos dormindo lá na sua casa — ela começou a me contar — Kriss e Aspen se pegaram no banheiro.