63. Vamos falar de negócios

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Depois que todos estavam acomodados, pude finalmente ir para o quarto. Meus pés doíam, por causa do tempo que fiquei em pé. Me joguei na cama e fiquei estirada ali até Maxon chegar. O obriguei a fazer massagem em minhas pernas e acabei dormindo durante elas.

Quando acordei, Maxon estava dormindo tão pesado, que decidi não acorda-lo. Fui para a cozinha preparar um sanduiche. Imaginei que todos estariam cansados, por isso preparei tudo para quando eles descessem e fui para o ateliê.

Comi enquanto lixava algumas partes da escultura que eu estava fazendo para Maxon. Ouvi alguém se aproximando e olhei, pensando se Maxon. Minha mãe entrou, olhando em volta, para todas as obras que eu tinha ali incompletas ou totalmente prontas e sem destino.

- Nossa filha, quanta coisa – ela disse, andando em volta.

- Pois é. Só tenho isso para fazer por aqui.

- Estão cada vez mais lindos. O que vai fazer com eles?

- Desse lado são as encomendas – falei, apontando para minha esquerda – e dessa são as que eu fiz por fazer.

- Posso dar uma olhada?

- Claro mãe. Divirta-se.

Ela sorriu e abaixou atrás de uma barreira de quadros. Nessa hora, Maxon entrou, se espreguiçando e veio até mim.

- Bom dia amor – ele disse, dando um beijo no meu ombro.

Maxon olhou para minha escultura e se aproximou mais.

- Posso tocar? – ele perguntou.

- Pode.

- Tem o tamanho exato dos seus seios – ele exclamou, segurando os dois volumes da frente da escultura.

Sacudi a cabeça, corando. Minha mãe ficou de pé, pegando Maxon no flagra enquanto ele apalpava a escultura. Ele se afastou apressado e cumprimentou minha mãe com a cabeça.

- Bom dia sogra.

- Bom dia Maxon. Tudo bem?

- Tudo ótimo, e com a senhora?

Minha mãe sorriu e voltou a abaixar atrás dos quadros.

- Ela está olhando os sem destino – expliquei para Maxon.

- Faremos outra exposição com eles – Maxon disse, indo até minha mãe.

- Faremos? – perguntei.

- É uma boa ideia – minha mãe disse, levantando – tem uns aqui que não deviam ficar tão atrás.

- Porque você não me ajuda com isso? Da ultima vez, todos os quadros tinham um tema, foi fácil. Mas esses? Eu nem sei por onde começar.

- Vocês deviam perguntar para mim, que tal? – perguntei, mas fui ignorada.

- Sua mãe é ótima com organização de eventos! – minha mãe disse – ao longo desses anos fizemos muitos eventos beneficentes em Carolina.

- Verdade, vamos lá no meu escritório?

- Claro

Os dois saíram, conversando e me ignorando. Kenna entrou, olhando para trás.

- O que deu neles? – perguntou, se aproximando – bom dia mana.

- Estão inspirados com umas ideias. Nada demais. Bom dia.

- Nossa, você tem estado desocupada – ela disse, sorrindo e olhando em volta.

- Grande desse jeito, mal consigo sair. E não tenho paciência com os paparazzi.

A Seleção - Uma vida normalOnde histórias criam vida. Descubra agora