61. Eles estão em toda parte

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Segunda feira chegou rápido. Mesmo que eu não precisasse acordar cedo, Maxon precisava, e isso acabava me acordando também. Troquei de roupa, colocando um jeans preto, camiseta branca e minha tradicional blusa de flanela. Desci me arrastando atrás dele na cozinha.

- Querida, vá dormir – ele disse, me abraçando – não precisa levantar comigo.

- Eu sei. Mas eu quero.

- Hoje eu vou tentar resolver aquele assunto.

- Vou ver se saio para comprar material. Sonhei com uma escultura e quero fazer.

Maxon sorriu, acariciando meu rosto.

- Eu vou querer ela na minha sala – falou.

- Como sabe se combina com a decoração?

- Não estou nem ai para a decoração. Quero essa escultura.

- Porque?

- Porque depois do que fizemos ontem – ele disse me beijando – esse sonho só pode ter sido incrível.

- Bom.. – falei, dando de ombros – a gente estava transando perto dela, então.

- Nem precisa falar mais nada. Eu quero essa escultura – ele me olhou – está pronta? Posso te levar na loja.

- Só preciso pegar minha bolsa,

Subi correndo e joguei tudo o que eu precisava na minha pequena mochila. Quando desci, Maxon estava girando a chave no dedo.

- Pensei de deixar o carro contigo hoje – ele disse – você me deixa no trabalho e depois me busca. Que tal?

- Seria interessante, mas o carro é alugado em seu nome, não posso ficar andando por ai com ele.

- Na verdade, eu devolvi aquele carro.

- Então?

- Vamos.

Maxon segurou minha mão e me puxou para fora. Lá estava estacionado um carro simplesmente lindo. Era preto perolado e grande. Fiquei babando por ele.

- Max.. O que..

- Chegou ontem – ele disse – enquanto você dormia de tarde. Eu devolvi o alugado e peguei-o.

- E eu acreditei quando você disse que foi apenas ao mercado.

- Mas eu fui. Rápido. Precisava de um pretexto.

- Me enganou direitinho – falei, andando até o carro.

- Gostou?

- É lindo.

- E seu.

- O que? – perguntei, virando para ele.

- Mas com a condição de que você vai me levar no trabalho ou me emprestar.

- Maxon!

- O que?

- Não precisa me dar o carro. Eu saio muito menos. Você precisa mais.

- Não quero. O carro precisa ficar contigo. Para o caso de ocorrer alguma emergência e eu não estiver por perto – ele disse, acariciando minha barriga – comprei um menor para mim, deve chegar semana que vem.

- Ah.

- Isso é um sim, vamos – ele disse, me dando um beijo rápido e indo em direção a porta do carona.

Rolei os olhos e abri o carro. Entramos e Maxon ligou o rádio. Fomos em silencio até o trabalho dele.

- Quer entrar? – perguntou, quando parei na porta do prédio.

A Seleção - Uma vida normalOnde histórias criam vida. Descubra agora