32. O reencontro

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— Maxon? — perguntei, não acreditando no que eu via.

Ele riu e levantou, ajeitando o paletó. Andou ate mim lentamente. Eu não conseguia me mover, seu olhar me congelou. Aquele olhar que eu conhecia tão bem. Não sei o que estou sentindo no momento. É felicidade por ele estar de volta ou raiva por ele ter se escondido?

Maxon parou a minha frente, com os lábios entreabertos e não sorria mais. Estava com cara de mais velho com aquela roupa e a barba por fazer. Ele não disse nada, apenas se inclinou para me beijar. Antes de eu perceber, minha mão estava acertando o rosto dele com um tapa estalado. O pegou totalmente de surpresa, fazendo ele virar o rosto. Ele olhou para mim com o cenho franzido, boquiaberto, passando a mão na bochecha vermelha.

— Que merda.. — ele disse.

É o Maxon. Meu Maxon! Ele voltou. Segurei seu rosto e o puxei para mim, o beijando intensamente e interrompendo sua frase. Ele demorou para retribuir o beijo, mas logo estava me envolvendo pela cintura. Não! Eu estou com raiva. Ele foi embora e não me falou que voltou. Terminei o beijo, dando outro tapa nele.

— Qual o seu problema? — ele gritou, passando a mão no rosto.

— Você voltou e não me falou! — eu gritei de volta.

— Eu quis te fazer uma surpresa!

— Não te ocorreu que eu poderia estar morrendo de saudade?

Ele ergueu as sobrancelhas. Alisei a roupa, passei a mão no lábio, tirando possíveis marcas de batom e sai andando.

— America!

Ignorei seu chamado e apertei o botão do elevador. Ele foi atrás de mim, e entrou no meu caminho quando a porta se abriu.

— Me de licença? — pedi, educadamente.

— Não. Eu quero conversar.

— Eu não quero. Agora me deixe ir.

— Nós não tratamos o preço da escultura — ele disse, abrindo um sorriso sedutor.

— Fique com ela. Como presente de boas vindas.

Maxon deixou a mão cair ao lado do corpo. Pedi licença outra vez, mas dessa vez ele cedeu e chegou para o lado. Entrei no elevador, o encarando ate a porta se fechar. Relaxei o corpo, encostando-me na parede. Fui para casa andando. Não era tão longe, mas caminhei por vinte minutos. Quando entrei em casa, estava levemente descabelada, segurando os saltos e cansada. Todos estavam em casa, vendo televisão. Quando olharam para trás, se assustaram.

— Meri, esta tudo bem? — Kriss perguntou.

— Como foi lá? O presidente gostou? — Marlee perguntou.

Todos agora me cercavam enquanto eu andava ate o quarto.

— Porque você esta assim? — Aspen perguntou.

— Meri, estamos ficando preocupados — Carter disse.

Parei com a mão na maçaneta, meus amigos amontoados no corredor. Respirei fundo e olhei para eles.

— Era o Maxon. O presidente da empresa é o Maxon. Ele voltou e não me falou. Agora eu vou dormir.

— Meri.. — Marlee disse, mas fechei a porta.

Soltei os salto e caminhei ate minha cama, me jogando nela. Acho que eu dormi de cara, porque quando abri os olhos, já estava escuro. Olhei a hora, três da manha? Nossa! Sai do quarto, indo direto para o banheiro, levando meu roupão. Quando me olhei no espelho, me assustei. Minha maquiagem estava toda borrada e minha cara estava péssima.

A Seleção - Uma vida normalOnde histórias criam vida. Descubra agora