30. Epílogo

4.2K 261 43
                                    

— Meri? Você esta bem? — Kriss perguntou, enquanto abríamos nossas caixas.

— Já estive melhor — respondi.

— Você esta meio pálida — Marlee disse.

— As coisas estão meio corridas.

— Sabemos disso. Mas queremos saber como você esta.

— A cinco dias estávamos deixando Maxon no aeroporto, e hoje, estamos fazendo a mudança.

— É estranho. Aqui é nossa nova casa e tal. Mas sinto ela meio vazia — Marlee disse, olhando em volta.

— Ainda não deu para acostumar — Kriss disse, dando de ombros.

— Queria que os meninos estivessem aqui — eu disse, em voz baixa.

— Nós também Meri. Mas cada um deles esta seguindo seu sonho. Daqui a cinco anos eles voltam. Também estou morrendo de saudade do Aspen.

— E eu do Carter.

— Pra vocês é fácil. Eles estão confinados com um monte de homem, enquanto o Maxon esta cheio de Daphnes em volta.

— Cheio de Daphnes? — Marlee perguntou, rindo.

— Os pais dela são da França. Ela é meio francesa.

— Mas ele não quis a Daphne — Kriss disse, tentando me acalmar.

— Podemos mudar de assunto? — disse.

— Vou buscar algo para bebermos — Marlee disse, levantando.

Eu e Kriss continuamos desencaixotando nossas coisas e colocando nos lugares. Era um trabalho cansativo, mas foi isso que me fez esquecer um pouco da minha saudade de Maxon. A cozinha já estava quase toda arrumada, nossos quartos também. Faltava apenas a sala, que era particularmente a mais difícil.

Tínhamos alugado um apartamento pequeno, com três quartos. Os móveis já inclusos, o que ajudou muito. Angeles tem muitos apartamentos para universitários, com mobílias simples e próximo a tudo que precisamos.

Depois de esvaziar a ultima caixa, nos brindamos à casa nova com coca diet e tiramos uma foto. Ficamos de papo durante horas e vendo algum programa bobo na televisão. Minhas pálpebras estavam pesadas. Levantei e fui cambaleante ate meu quarto, me despedindo das meninas.

— Oi cama nova — eu disse, fechando a porta — você não é das mais confortáveis, mas ainda assim é muito querida.

Me joguei de cara e dormi na mesma hora. Quando acordei, as meninas já estavam d pé. Me obrigaram a tirar o pijama e sair para fazer um tour. Ótimo. Andar pela cidade, porque eu adoro fazer exercício.

Fomos ao mercado, a galeria de lojas, na rua que só vende besteiras, na rua que só tem restaurante. Mas a melhor hora foi quando fomos ao parque. Era um enorme bosque, com muitas arvores e um gramado maravilhoso. Era um pedacinho de Carolina ali, a cinco minutos de casa.

Nos olhamos, e elas pensaram o mesmo que eu, pois corremos ao mesmo tempo e nos jogamos na grama, sob uma arvore enorme.

— Já defini meu lugar preferido — eu disse.

— Eu também — elas disseram em coro.

Passamos a tarde ali, conversando. E os dias se seguiram assim. As aulas começaram, mas eu não fiz amizade com ninguém. Era estranho não ter as meninas ali. Mas pelo menos eu tinha a Marlee logo ali, em outro prédio.

Quando chegávamos em casa, contávamos as novidades. As pessoas com quem tínhamos falado, coisas inusitadas que só víamos na faculdade.

Na sexta feira, Marlee nos convenceu de irmos a um bar. Kriss ficou tão relutante quanto eu, mas Marlee sabe ser bem persuasiva. Enquanto estávamos sentadas, bebendo, meu celular tocou. Era um numero grande e desconhecido. A musica do bar não me deixava ouvir nada. Fiz um gesto para elas dizendo que ia sair e corri para fora do bar.

A Seleção - Uma vida normalOnde histórias criam vida. Descubra agora