56. Não consigo

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Três semanas se passaram. Aspen e Kriss devem chegar a qualquer momento d sua lua de mel. Marlee insistiu de fazermos uma festa surpresa para eles, mas eu sei que essa festa é apenas uma desculpa para colocar Maxon e eu próximos e incentivar nossa conversa.

Não estou nem um pouco animada com isso, mas também não posso fugir para sempre. Afinal, ele é o pai, tem direitos, mesmo que eu saiba que irei sofrer com isso.

Eu estava incumbida da comida, já que Marlee cismou que não posso fazer esforço. Enquanto Carter e Maxon arrumavam a sala, Marlee e eu cozinhávamos em silêncio, o que me permitia ouvir a bagunça que Maxon e Carter faziam. Só quando Lipe chegou, que a cozinha ficou mais animada.

— Como você está? — Lipe me perguntou, quando Marlee foi falar com Carter.

— Melhor.

— E vocês conversaram?

— Ainda não.

Ele assentiu e voltou ao seu trabalho. Marlee voltou e os dois engataram em uma conversa animada. May e Reed chegaram e foram direto para a cozinha, mas eu ouvi vozes masculinas na sala.

Nicholas e Marcus devem ter vindo também. Com o passar dos dias, eles ficaram mais próximos e agora estavam em um relacionamento sério. Maxon e Nicholas ainda não tinham ficado no mesmo espaço juntos, como agora. Não quero nem ver o que está acontecendo lá.

A quem eu quero enganar? Estou morrendo de curiosidade. Quando ninguém estava olhando, fui até a sala. Um em cada canto, um vidado para cada lado. Nicholas sozinho, olhando o quadro que eu havia dado de presente para Kriss. Maxon conversando com Marcus. Quando Nicholas me viu, sorriu e veio em minha direção.

— Olá — disse, sorrindo quando ele chegou mais perto.

— Tudo bem? — perguntou — faz um tempo que não te vejo.

— Estou bem e você?

— Estou ótimo também. Aquele quadro é seu não é?

— É sim.

— Você tem um talento e tanto America. Eu já falei que quero encomendar um não é mesmo?

— Não. Mas seria uma honra. E ainda mais agora, que estou precisando.

— Como assim? — perguntou, me olhando com o cenho franzido.

— Ah, nada — disse, dando de ombros.

Que vergonha. Achei que Reed tinha contado para ele. Nicholas colocou uma mão em meu ombro, me olhando com aquele olhar clinico dele.

— Por favor. Fale — pediu.

— Estou grávida — falei.

— Sério? — perguntou, parecendo mais espantado do que eu esperava — mas eu achei que Maxon e você estivesse separados.

— E estamos.

— Mas e o bebê? Não é dele?

— Claro que é. Que pergunta.

Nicholas cruzou os braços, ainda com o cenho franzido.

— Então o que vocês fazem separados?

— É uma história longa e complicada. Não é para hoje.

— Tudo bem. Mas olha — ele disse, pegando minha mão — se tiver alguma emergência, não hesite em me ligar.

— Obrigada.

Maxon chegou nesse momento, me olhando com raiva. Isso é estranho. Ele olhou de relance para nossas mãos e Nicholas a soltou. May e Reed entraram na mesma hora, trazendo bandejas de petiscos. Reed se aproximou de nós sorrindo e abraçou Nicholas.

A Seleção - Uma vida normalOnde histórias criam vida. Descubra agora