48. Surpresa!

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— America, acorde — Maxon pedia, beijando meu ombro.

— Me deixe em paz — reclamei — não aguento uma terceira rodada.

— Mas nem era isso —ele disse, pausadamente — Hm.. Agora estou com vontade.

— Você não é normal — grunhi.

Ouvi sua risada baixa, mas ele se afastou. O senti levantar da cama.

— Seu vestido está na poltrona. Não demore — ele disse, logo depois batendo a porta.

Espere. O que? Sentei na cama apressada e vi um vestido azul turquesa longo esticado ali. Como assim? Para onde vamos? Porque preciso desse vestido? Devo me maquiar?

Levantei devagar, olhando o vestido. Era muito bonito. O vesti devagar. É meu tamanho perfeito. Ouvi a porta abrindo e virei para olhar, esperançosa que fosse Maxon com algumas explicações. Kriss e Marlee, que estava com a gravidez já quase no final, entraram com uma bolsa. Elas estavam vestidas também com longo e maquiadas. Me puxaram para a cama e começaram a pegar minha maquiagem.

— O que está acontecendo? — perguntei.

— Não estamos autorizadas a falar — Marlee disse.

— Estou sendo arrumada para alguma coisa, e não posso saber?

— Não — Kriss respondeu.

Parei de me preocupar e me deixei ser levada. Ela fizeram minha maquiagem e prenderam meus cabelos em um coque confuso e elaborado. Eu fiquei simplesmente linda. Saímos do quarto, e os homens estavam sentados no sofá, de smokin preto e gravata borboleta. Os três estavam lindos. Maxon levantou apressado e pegou a minha mão.

— Vamos? — perguntou.

— Para onde?

— Sem perguntas mocinha. Vamos?

— Vamos então né.

Eu não sabia mais o que esperar. Mas ver uma limusine parada na nossa porta foi mais do que eu esperava. Então estávamos indo a algum lugar especial. Entramos no carro, e eu mal me aguentava de curiosidade. Estava quase explodindo. O que esses doidos estão aprontando para mim?

O motorista parou em frente a um grande galpão. Ele tinha aparência rústica, todo de tijolinho vermelho e janelões, mas estava muito bem iluminado, com tochas no caminho e pequenas lanternas de papel próximo a entrada.

Maxon foi o primeiro a sair. Ele foi logo cercado por fotógrafos e estendeu a mão para me ajudar a sair. Que vergonha. E eu nem sequer sei onde estamos indo. Enquanto caminhávamos para dentro do galpão, com nossos amigos logo atrás, fomos muito fotografados e chamados.

Ao entrar, vi que o local estava cheio de gente. Avistei Lipe, com um fone de ouvido com microfone. Ele acenou freneticamente e veio apressado até nós.

— Olá gata — ele disse, me dando dois beijos de longe.

Repetiu o ato para Kriss e Marlee. Apertou a mão de Maxon, Carter e Aspen. Acariciou a barriga de Marlee e depois ajustou o fone.

— Bem vindos a exposição de America Singer — ele disse, indicando para entrarmos.

Exposição? Minha? Espere, o que? Andei lentamente, finalmente reparando nas paredes.

— Meus quadros! — exclamei.

— Claro bobinha — Lipe disse, rindo.

— Mas o que? Como?

— Eu disse que daria um jeito - Maxon disse, me abraçando por trás.

— Mas eu não vi..

— Você não entra no ateliê desde o desastre da livraria. Por isso eu consegui fazer essa surpresa.

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