53. Golpe baixo

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POV Kriss

— Kriss? Acorde — Aspen pedia, me balançando na cama.

— Agora não, estou ocupada — disse, virando para o outro lado.

— Vamos. Tenho uma surpresa para você.

— Golpe baixo Aspen — reclamei, levantando devagar.

Ele gargalhou e levantou num pulo, abriu meu armário, me jogou uma blusa e um short. Ele estava eufórico, não tinha como não ficar também. Ele mal me deixou comer direito e já estava me puxando porta afora.

Nem deu para eu falar com a Meri. Depois que ela e Maxon terminaram, ela mal sai do quarto. O que me conforta é que eu conheço bem aqueles dois, logo eles estão bem de novo.

Domingo sempre foi um dia ruim para pegar taxi, por isso ficamos mais tempo esperando um do que dentro de casa. Pelas coordenadas, percebi que estávamos indo para a casa da Marlee. Será que a Meri já está lá?

Quando avistei a casa dela, já peguei minha bolsa, para poder saltar. Mas o carro passou direto e parou duas casas depois, entre a casa que o Maxon comprou e a casa da Marlee. Aspen saltou e estendeu a mão para mim.

— O que estamos fazendo aqui? — perguntei, saindo.

— Vim te mostrar nossa futura casa — ele disse, sorridente.

Olhei para frente, reparando na casa. Era grande e bonita. Não tinha como não gostar. E ainda por cima era verde, minha cor preferida. Quando olhei para Aspen, ele me olhava de volta com cautela, esperando pela minha reação. Quando sorri, ele suspirou aliviado.

— É linda Aspen — exclamei, o abraçando — eu amei.

— Ainda não é totalmente nossa, eu paguei apenas as primeiras parcelas — ele disse, me abraçando de volta.

— Porque não me disse antes? Eu ajudava a pagar.

— Queria fazer uma surpresa. E tinha que ser depois de pedi-la em casamento.

— Entendo. Bom, me pegou completamente de surpresa. Obrigada.

— Pena que não podemos entrar agora — ele disse, dando de ombros — os moradores ainda não se mudaram.

— Tudo bem querido. Teremos muito tempo para ver a casa.

— Eles se mudam em duas semanas.

— Rápido assim? — perguntei, o olhando com o cenho franzido.

— Rápido? — Aspen perguntou, rindo — a quanto tempo acha que estou comprando essa casa?

— Não tenho ideia. Mas pelo seu tom, acho que bastante tempo.

— Já tem uns cinco meses — ele disse, passando o braço por cima do meu ombro.

— Você sabe bem guardar um segredo — disse, o abraçando pela cintura.

Caminhamos pela rua, sentindo o ar fresco. Lá é tão sossegado, tão agradável. Quando estávamos quase na porta da Marlee, Aspen parou repentinamente. Olhei para ele, fazendo uma pergunta silenciosa do porque tinha feito isso.

— Eu estava pensando — ele começou, mas parou e voltou a andar.

— Aspen, fale.

— Não. Deixa para lá.

— Aspen, por favor.

Ele bufou e olhou para o chão. Segurei seu rosto com as duas mãos e o forcei a olhar para mim.

— Sei que só estamos noivos a duas semanas — ele disse.

— O que tem?

— Mas comprar essa casa, vê-la olhando para ela — ele disse, e respirou fundo — me deu vontade de casar com você o mais rápido possível.

A Seleção - Uma vida normalOnde histórias criam vida. Descubra agora