50. Eu quero te mostrar uma coisa

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Estamos todos dormindo na casa da Marlee. Com a chegada de Kyle, toda ajuda é bem vinda. Aspen e Kriss estão dormindo numa cama improvisada no quarto de Kyle, que está dormindo com Marlee e Carter. Maxon e eu estamos dormindo na sala, juntinhos no sofá.

Normalmente nós gostamos do nosso espaço, não dormimos agarrados dessa forma sempre. Mas além de estarmos no sofá, que influencia muito, está começando a fazer frio. Maxon está agarrado em mim, como planta trepadeira, enquanto eu fico olhando para o teto, sem conseguir dormir.

Quando voltamos do hospital, na noite que Kyle nasceu, todos estávamos mortos de cansaço. O dia seguinte, foi só de visitas e ligar para as pessoas para dar a noticia. Carter estava todo bobo. Ele disse que achava que sabia o que era ser pai, mas que foi só quando viu seu filho e o pegou no colo pela primeira vez, que tudo pareceu mais claro.

Marlee disse, que agora que está sem barriga, quer aquele casamento simples, por isso, Lipe está vendo isso tudo. Ele também mora no Cidade Jardim, por isso, não precisou dormir aqui. Kriss e eu, ficamos selecionando diversas imagens de casamentos como a Marlee queria. Se tudo corresse bem, eles estariam se casando em seis meses.

Quando eu finalmente dormi, senti que tinha dormido apenas cinco minutos. Maxon beijava meu ombro e pescoço, me pedindo para acordar. Abri os olhos devagar, já tinha amanhecido.

— Que horas são? — perguntei.

— Sete — ele respondeu, tirando o cabelo do meu rosto.

— Me deixe dormir Maxon.

— Eu quero te mostrar uma coisa.

— Está muito cedo para os seus joguinhos. Prometo que de noite a gente brinca — eu disse, virando de costas para ele.

— Sabe. Nem tudo o que eu digo é sobre sexo — ele disse, acariciando meu braço.

Olhei por cima do ombro, com minha melhor expressão de "ah é mesmo?" e ele riu. Maxon se levantou, com dificuldade, por cima de mim e esticou a mão para me levantar. Bufei e resmunguei algumas coisas não muito bonitas. Maxon riu e me conduziu para fora da casa.

— Maxon, eu estou de pijama, e você também.

— Eu sei.

— Onde estamos indo?

— Apenas me acompanhe e sorria.

— Você anda muito cheio de segredinhos meu amor — eu disse, docemente.

— Adoro te surpreender — ele disse, pegando minha mão e a levando aos lábios.

Caminhamos por alguns minutos, alguns moradores saiam de suas casas para pegar a correspondência, também de pijama, e acenavam para nós. Definitivamente me sinto em Carolina quando estou aqui.

Maxon parou em frente a ultima casa. Era enorme. Três andares, sem muro, tinha um aspecto moderno. Todo envidraçado, varandas, com madeira e mármore bege na fachada. O jardim era muito bem cuidado e bonito. Com área de convívio na frente, protegida por arvores e espelhos d'água. Fiquei boquiaberta, olhando a casa.

— Gostou? — Maxon perguntou.

— É incrível. Mas e melhor pararmos de encarar, os moradores irão pensar que somos malucos — respondi.

— Ah não. Não mora ninguém ai — Maxon disse, dando de ombros — ainda.

Olhei para ele atônita. Ele estava mesmo dizendo isso? Maxon sorriu e pegou minha mão.

— Quer conhecer sua casa, futura esposa? — ele perguntou, sorrindo.

Não acredito no que esta acontecendo.

A Seleção - Uma vida normalOnde histórias criam vida. Descubra agora