Another Reality (Crowley e Aziraphale)

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               Respire fundo mais uma vez, ainda sem acreditar. Olho ao redor, analiso meu quarto, os móveis, a decoração do meu quarto. Eu sabia muito bem onde eu estava, estava em um luxuoso apartamento em Londres, mas não a Londres comum. A Londres de outra realidade. Eu finalmente havia conseguido: havia tentado shifting e finalmente havia conseguido ir para a minha DR de Good Omens.

Eu me levanto, vou ao banheiro e faço minhas necessidades e decido tomar um banho. Quando saio do banheiro, caminho até o enorme closet e escolho uma calça jeans justa preta e uma camiseta preta do Queen para combinar, eu queria causar uma boa impressão nele, que com certeza seria o mais difícil de me aproximar. Calço um par de tênis também pretos e penteio meus cabelos lisos e azuis. Pego meu celular e um livro único que estava na mesinha de cabeceira, coloco numa bolsa e saio do apartamento, indo para a rua movimentada.

Era estranho e ao mesmo tempo impressionantemente familiar andar pelas ruas desta Londres, eu conhecia todas as ruas pelas quais eles haviam passado e caminho ansiosa na direção do Soho. Eu sabia que eles estariam lá e eu queria vê-los, mas como eu iria reagir? Como iria me aproximar? Eles gostariam de mim ou me odiariam? Um deles claramente seria mais fácil de conquistar, já o outro...

Dobro à esquerda em uma esquina e finalmente chego a rua que eu queria no Soho. Reconheço os prédios, as livrarias e meu coração se acelera. Quando chego ao local do meu destino, respiro fundo várias vezes antes de finalmente ter coragem de entrar. Um sininho soa assim que a porta da entrada é aberta e eu olho ao redor, impressionada. Entendo claramente o que o autor quis dizer sobre ele se valer de todos os tipos de truques para afastar clientes. Realmente havia uma enorme quantidade de mofo próximo as prateleiras, alguns até nos livros, mas eu conseguia ver que os livros estavam muito bem conservados por baixo daquele disfarce. Era um dos meus dons que eu havia adicionado em meu script.

Caminho ao redor procurando o dono da livraria, aproveitando para olhar os títulos dos livros no processo. Acabo esquecendo do que estava procurando, entretida com as lombadas de livros...

- Ah, para com isso anjo! – ouço na direção de outra prateleira. Rapidamente caminho na direção de onde havia vindo o som e me escondo, mas numa posição onde eu conseguia vê-los.

- Não, Crowley, eu já disse! Não vou fazer um tsunami no Havaí só pra você se divertir! – responde o outro e meu coração se derrete ao vê-los.

- Achei que você não fazia mais parte da turma lá de cima.

- E não faço, mas não significa que vou abrir mão dos meus princípios! Não vou machucar ou matar humanos para o seu bel-prazer, Crowley! – acabo derrubando um livro da prateleira e eles se viram na direção do som. Eu rapidamente pego o livro e o coloco no lugar.

- Desculpe – murmuro e eles me encaram. Quase morro ao vê-los tão perto de mim, em carne e osso, ainda mais lindos do que quando estávamos separados por uma tela de computador.

Eu estava diante das duas criaturas que haviam me feito insistir tanto em tentar shiftar durante um ano. Crowley e Aziraphale estavam da forma como eu os conhecia na série: Crowley todo de preto e Aziraphale todo de creme e sua clássica gravata xadrez. Crowley me analisa de cima a baixo e ergue uma das sobrancelhas.

- Gosta do Queen? – questiona ele.

- Sim, adoro.

- Música favorita?

- É difícil escolher uma, todas são boas...

- Isso é resposta de quem não escuta de verdade – me interrompe ele mudando o peso para a perna esquerda.

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