Don't Touch My Angel (Crowley e Aziraphale)

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               Mexo nos cachos loiros que eram incrivelmente macios. Aziraphale estava com a cabeça deitada no meu colo, as pernas em cima do sofá onde estávamos, os olhos fechados. Intercalo entre acariciar os fios loiros dele e seu rosto. Começo a cantar a música que mais me lembrava dele:

Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho

Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho

Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
O meu coração é o sol, pai de toda a cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu

Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba

Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar numa

Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho

Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho

Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
O meu coração é o sol, pai de toda a cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu

Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba

Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar numa

- Hey! Eu... ah porra, eu vou ficar com ciúmes desse jeito – diz Crowley aparecendo na sala do fundo da livraria do anjo. Aziraphale encara o demônio com seus belos olhos azuis.

- Inveja, Crowley? – eu sorrio e ele faz o mesmo.

- Ah, vá se foder – ele se aproxima e senta no braço do sofá do meu outro lado – Eu também mereço carinho, sabia?

- Você é um demônio – digo e ele tira os óculos.

- E só por isso eu não mereço carinho é? Beleza seus traidores – ele levanta do sofá e se afasta. Aziraphale então se senta cruzando as pernas.

- Álcool, querido? – Crowley rapidamente se vira para nós e Aziraphale dá uma risadinha, fazendo aparecer uma caixa com garrafas de vinho.

- Eu ainda estou bravo – resmunga Crowley pegando uma das garrafas e enchendo uma taça que havia aparecido em sua mão.

- Certo, já está tarde: é melhor eu ir pra casa – digo me levantando e me espreguiçando.

- Mas eu acabei de chegar! – eu caminho até Crowley e beijo sua bochecha.

- Eu sei. Até amanhã anjo! – saio da livraria com um sorrisinho no rosto, eu amava aqueles dois idiotas.

Não demoro a chegar em casa e assim que o faço, vou até meu quarto procurar uma roupa para vestir antes de ir tomar banho. Olho todos os meus pijamas e tento escolher um, até que algo me atinge com muita força na parte de trás da cabeça e eu apago.

Algo muito gélido me atinge e eu acordo atordoada. Percebo que eu estava encharcada: alguém havia me jogado um balde de água fria.

- Olha só quem acordou! – eu viro a cabeça para encarar o desgraçado com seu sorrisinho cínico estampado no rosto.

- Miguel – rosno e seu sorriso se alarga.

- Como vai, Ignis? – fico sem expressão – Achou que eu, nós, não iríamos descobrir? O anjo e o demônio que te acompanham não poderiam te defender para sempre, não é mesmo?

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