Rescue (Grindelwald - Harry Potter)

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Um ano havia se passado, mas eu finalmente havia descoberto a localização do meu pai em Askaban. A maior parte dos lacaios de meu pai haviam fugido, fora a enorme quantidade de mortos. Agora eu morava em uma casinha em Londres, vigiada não só pelo Ministério como pelo próprio Dumbledore, que fazia questão de vir me ver todos os dias e me tratar como sua filha. Eu apenas fingia que entendia que meu pai era a pior pessoa que existia e que jamais seria como ele. Mas, por baixo de tudo isso, eu estava planejando ir resgatar aquele que tinha meu coração.

Narrador On

O Ministro da Magia estava saindo de Askaban quando uma figura encapuzada aparece na entrada. A figura não era muito alta e usava uma longa capa preta que não deixava ver nada de seu rosto ou corpo.

- Posso ajudar? – questiona ele.

- Preciso que solte Grindelwald – o Ministro se estressa. Mais um imbecil apoiador desse monstro.

- Sabe quem é Grindelwald? O pior monstro do mundo bruxo. Ele está muito bem em sua cela.

- Acho que você não entendeu. Eu estou mandando que solte ele, a menos que não dê valor a sua vida.

- Guardas, tirem esse lunático daqui.

- Tudo bem. Já vi que vai ter que ser do jeito difícil.

Nesse momento a capa cai, revelando uma garota que o Ministro sabia muito bem quem era. Ela usava roupa totalmente preta de couro justo, os cabelos brancos estavam amarrados no topo da cabeça e no pescoço pendia um colar com o símbolo da família Grindelwald.

- GUARDAS! PRENDAM A FILHA DE GRINDEL...

Antes que o Ministro terminasse sua frase, sangue jorra de seu pescoço.

- Isso é pelo meu pai, seu bastardo do caralho

A garota sorri vendo o corpo do Ministro cair no chão com um baque. Sua faca longa tinha uma lâmina negra e gélida: aço estígio.

- ELA MATOU O MINISTRO! – grita um dos guardas.

- É sério que vocês ainda querem fazer isso? – ela revira os olhos e estala os dedos. Todos ficam paralisados em seus lugares. Mas então, um enorme batalhão aparece e cerca a filha de Grindelwald. Ela olha ao redor e solta a faca, que fica flutuando em sua frente.

- Ok... vamos brincar.


Grindelwald estava sentado em sua cela que era suja e úmida. Suas roupas estavam em farrapos, seus cabelos estavam na altura dos ombros, sujos e embaraçados. Seus olhos estavam fechados, mas ele não estava dormindo. Tampouco sua mente estava ali. Ele estava imaginando o que poderiam estar fazendo a sua filha. Haviam lhe tirado tudo: sua casa, sua varinha, seu namorado, sua preciosa filha. Até mesmo seu colar que lhe dizia se sua filha estava bem ou não havia sido tomado.

Depois da primeira vez que ele havia fugido eles haviam tomado medidas mais intensas. Guardas só iam até sua cela para lhe levar comida que talvez nem animais comeriam uma vez por dia e usavam fones de ouvido que os impediam de ouvir qualquer palavra que ele quisesse dizer. O que não adiantaria nada, já que ele usava uma espécie de mordaça de ferro.

Como sua filha estaria? Será que ela também estava presa? Eles a estavam torturando ou a tratando mal? Dumbledore estava cuidando dela como havia prometido?

Dumbledore.

O nome faz seu sangue ferver. Quando saísse daquela maldita prisão – e ele sabia que sairia um dia – ele caçaria Dumbledore até no Inferno se fosse preciso. Ele havia invadido sua fortaleza e sequestrado sua filha, sabendo que Grindelwald faria qualquer coisa por ela. Maldito.

Nesse momento um barulho muito alto faz o bruxo abrir os olhos e olhar para cima. O que está acontecendo? questiona ele para si mesmo. E então ele escuta o som de algo se quebrando e homens gritando. O que diabos estava acontecendo?

Nesse momento o telhado de sua cela desaba e uma luz branco-azulada quase o cega. Quando ele volta a abrir os olhos, dá de cara com uma garota alta e esguia, as mãos brilhavam com raios, os olhos totalmente brancos, os cabelos cortados de forma irregular, como se ela tivesse o cortado para fugir. Seu corpo então volta ao normal.

- Oi pai – cumprimenta ela com um sorriso e se aproxima. Ela rapidamente arranca as algemas de Grindelwald e quebra a mordaça de ferro.

- Desculpa a demora – diz ela e Grindelwald fica de pé, mas as pernas cedem e ela o pega antes que caia.

- Obrigado – sussurra ele.

- Não foi nada. Agora é melhor sairmos daqui.

Grindelwald fecha os olhos, torcendo para que quando voltasse a abri-los, tudo aquilo não tivesse sido fruto de sua imaginação. 

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