Pain (Crowley e Aziraphale)

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Quando tudo parecia que ia se ajeitar, duas semanas depois tudo foi por água abaixo. E eles finalmente descobriram o que estava acontecendo com sua filha.

Aziraphale e Crowley estavam fechando a livraria quando o anjo recebeu uma ligação de que deveria ir até a escola da S/N o mais rápido que pudesse. E assim ele e Crowley o fizeram, encontraram o diretor, Mr. Shaws, do lado de fora da sala.

- O que houve? – questiona o anjo completamente apreensivo. Crowley queria jogar o velho no meio do corredor e entrar logo na sala, mas se controlou.

- Pegamos alguns alunos espancando sua filha.

- COMO É? – Crowley perde a paciência. – SAIA DA MINHA FRENTE!

O demônio empurra o diretor para o lado e invade a sala, vendo quatro adolescentes sentados de um lado – os mesmos que ele havia visto falando com ela – e S/N sentada em um outro sofá, um paramédico dando pontos na testa dela que estava suja de sangue. Ela estava com um papel pressionado contra o nariz, que claramente havia sido quebrado, o cabelo desgrenhado havia sido cortado de forma irregular. Em nenhum momento ela olha na direção de Crowley ou Aziraphale, que havia entrado naquele momento e se ajoelhado a frente dela.

- Querida, você está bem? Ela está bem? – questiona olhando o paramédico.

- Sim, ela teve alguns cortes, mas não foram fundos. E o nariz foi quebrado, mas já coloquei no lugar, só precisamos esperar para que ele se cure aos poucos.

- Vocês quatro fizeram isso. Por quê? – Crowley para na frente dos quatro pirralhos, um deles enorme e gordo como uma rolha de poço. Ele queria fazer picadinho deles, mas não podia.

- Acho que descobrimos um caso de homofobia na escola, senhor Crowley – diz o diretor e Crowley o encara furioso.

- Eu quero que eles sejam punidos, eles não vão sair ilesos pelo o que fizeram com a minha filha.

- Por favor meninos, esperem lá fora – pede o diretor e os quatro saem, deixando Crowley fervendo de ódio.

- O que você vai fazer com isso? – questiona Aziraphale.

- Eu não sei, eu não posso puni-los, posso?

- Como é que é? Eles espancam a minha filha e você diz que não pode puni-los?

- Senhor Fell, entenda, eles são apenas crianças...

- Não, são pirralhos que gostam de causar dor aos outros.

- Não pode culpá-los por acharem estranho uma família como a sua.

- O quê? Dois homens juntos, é isso? – questiona Crowley e o diretor estava claramente desconfortável.

- Isso. Não pode culpá-los por isso, pode? – Crowley fica a poucos centímetros do rosto do diretor.

- Sim, pode porque isso é homofobia, não estamos mais em 1800 onde ser gay é crime, mas é crime ser homofóbico no século XXI então ou você faz alguma coisa ou veremos essa escola repleta de policiais.

- Isso é uma ameaça, senhor Crowley? – por mais que o diretor tentasse soar durão, ele claramente estava morrendo de medo.

- Não, apenas esclarecendo os fatos – ele se afasta e olha para Aziraphale – Te espero lá fora, antes que eu faça algo que eu vá gostar muito, mas que nos coloque em encrenca depois.

Crowley sai da escola pisando fundo, sua raiva queimando mais do que o fogo do inferno.

- Ela não é sua – Crowley escuta alguém dizer quando ele está do lado de fora. Ele se vira e vê os quatro moleques que haviam batido em sua filha.

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