Fugir ou Bater de Frente? (Harry Potter)

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{Flashback On}

Meu pai havia ido a Godric's Hollow atrás de alguma coisa que ele não me disse e eu fiquei numa casa em Londres que ele havia arrumado de última hora aos cuidados da Vinda. Anoiteceu e meu pai ainda não havia voltado, eu estava com saudades e preocupada do que poderia ter acontecido, mas Vinda me acalmou dizendo que ele estava bem e voltaria logo. Eu acabei ficando com sono e Vinda me colocou para dormir.

Algumas horas depois eu acordei com um barulho de janela sendo quebrada. Eu abri os olhos e era noite de lua cheia, então o quarto estava banhado com a claridade da mesma. Foi então que eu vi. Um animal em pé nas duas patas traseiras. Ele era grande e magro, muito maior do que um ser humano. Um lobisomem. Ele me viu e partiu pra cima de mim. Eu não sabia nem mesmo o que era magia em si, muito menos como me defender. Comecei a gritar desesperada e senti as garras dele arranharem meu pescoço e pensei que morreria ali mesmo.

- S/N! – ouço o grito do meu pai na porta do quarto e eu o vejo desesperado. Porém, o segundo que ele demorou olhando pra mim foi o bastante para o licantrope ir até ele e atacá-lo no mesmo lugar que eu, o que o faz cair de costas. Eu me levanto desesperada dele ter matado o meu pai e pego a primeira coisa que encontro pela frente: um sapato de couro que eu havia usado naquele dia. Jogo nas costas do bicho.

- Ei, seu idiota feioso! – digo e ele se vira para mim. Minha respiração se altera de medo e ele começa a se aproximar muito rápido de mim, eu já sentia que ia morrer. Fechei meus olhos apenas esperando pelo momento.

- Avada Kedavra! – ouço meu pai dizer e mesmo de olhos fechados eu noto uma luz verde. Um segundo depois eu estava sendo envolvida por braços conhecidos.

- Está tudo bem querida, está tudo bem – dizia meu pai me abraçando. Vinda aparece naquele momento suja de sangue, mas aparentemente não era seu.

- Conseguiu matar o outro? – pergunta meu pai a ela.

- Sim, consegui – diz ela acendendo as luzes do quarto e quando olho para mim mesma, vejo meu pijama branco manchado de sangue. Eu então olho para o pescoço do meu pai e vejo que sua camisa estava rasgada assim como a gola do seu casaco e sujo de sangue. Fico desesperada e começo a ter dificuldade para respirar.

- Ei, está tudo bem, S/N, olhe pra mim – meu pai me chama e eu o encaro respirando alto pelos lábios entreabertos – Está tudo bem, se acalme, eu estou aqui, com você. Nada vai te fazer mal, está bem?

- Você... está... machucado – digo com dificuldade. Sinto meus olhos começarem a pesar e ele dá leves batidinhas no meu rosto para me despertar.

- Não durma. Eu estou bem, foi apenas um arranhão, minha estrela da manhã. Ei, me imite: inspire fundo e expire – eu começo a imitá-lo, com dificuldade no começo, mas aos poucos minha respiração vai se normalizando até regular.

- Viu? Está tudo bem – ele sorria carinhosamente – Agora precisamos ver esse machucado. Posso?

- Pode – digo quase num sussurro. Ele puxa a camiseta do pijama para cima e a tira, revelando três grandes cortes que começavam na lateral do meu pescoço pouco abaixo da minha orelha direita até a área próxima do meu coração. Ele se levanta para sair e eu o agarro com força.

- Não, não me deixa sozinha! – falo desesperada. Ele olha pra mim e volta se senta ao meu lado.

- Eu pego a poção – diz a Vinda saindo e voltando alguns segundos depois com um frasco.

- Obrigado – diz meu pai. Ele limpa o ferimento com a poção que ardeu bastante, mas ele segurou minha mão em todo o momento e logo após fez um curativo no local. Ele se levanta, vai até o guarda roupa e pega um pijama rosa e me ajuda a vestir.

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