Só Você e Eu (Harry Potter)

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{Gellert Grindelwald Narrando}


Eu estava andando de um lado para outro na sala há quase uma hora. Jessica, minha mulher, estava em trabalho de parto no quarto dela e eu havia sido expulso de lá de dentro pela parteira pois segundo ela eu estava “atrapalhando”. Então estava aqui preocupado sem notícias dela ou da criança.

- Sente-se senhor – diz a Vinda e eu passo a mão na testa pela milésima vez, eu jamais havia ficado tão preocupado e impotente em toda a minha vida.

- Deveria demorar tanto assim? Não deveria ser algo muito mais rápido? – questiono olhando na direção das escadas ouvindo os gritos da Jessica que vinham dali.

- Partos normais demoram assim mesmo. É normal senhor – diz a Vinda tentando me acalmar. Nessa hora a porta da frente se abre.

- E aí? Já nasceu? – questiona um Marilyn Manson todo assustado.

- Nada ainda – meu coração então erra as batidas ao ouvir um choro de bebê no andar de cima. Eu imediatamente subo correndo as escadas e abro a porta do quarto.


- E então? – questiono ansioso vendo uma Jessica cansada com um bebê no colo.

- Meus parabéns senhor Grindelwald. É uma linda menina – diz a parteira e eu caminho a passos largos até a Jessica. Encaro a pequena criança em seus braços que estava de olhos fechados.

- Ela parece com você – diz a Jessica e eu quase perco a força nas pernas. A garota havia nascido com alguns fios de cabelo incrivelmente brancos, assim como suas sobrancelhas perfeitas.

- Minha S/N – digo quase sem ar. Eu jamais havia sentido algo assim. Um imenso desejo de proteger aquela pequena criança tão indefesa. A pequena garota abre os olhos e sinto lágrimas em meu rosto.

- Jessica, os olhos dela... – minha filha poderia ter nascido com olhos verdes como os da mãe, mas havia herdado os meus. Uma íris era preta enquanto a outra era branca.

- Você quer segurá-la? – questiona a Jessica e eu pego a criança em meus braços como se tivesse feito aquilo a minha vida inteira. Eu caminho pelo quarto com aquela pequena vida, sangue do meu sangue, totalmente apaixonado por ela. Não tinha preferência por sexo e estava incrivelmente radiante por ser uma menina.


- Minha S/N Grindelwald – eu sorrio sem acreditar naquilo. A menina continuava a me olhar, curiosa e eu a adoro.

- Ah minha nossa – ouço a parteira atrás de mim – Senhor Grindelwald, eu sinto muito.

Eu me viro de costas e vejo a Jessica morta, um sorriso ainda em seus lábios.

- Sua esposa senhor, ela... ela morreu. Sinto muito.

- Tudo bem – retomo minha atenção para a perfeição em meus braços – Eu jamais a amei.



Eu jamais quis uma esposa, mas queria uma criança. Sempre quis. E claro, não poderia ser qualquer mulher que seria digna de conceber meu herdeiro, então busquei muito em todo o mundo e descobri a mulher perfeita. Jessica Slytherin, tataratataraneta de Salazar Slytherin. Poderia haver uma bruxa mais poderosa ou digna de gerar minha criança? Porém ela não era uma grande bruxa. Mal havia sido capaz de controlar feitiços simples, mas não me fazia diferença. Jessica era apenas um receptáculo para mim. Para o meu bem mais precioso. E ela havia cumprido sua missão e agora estava morta, o que tinha inúmeras vantagens, entre ela...
O fato de que eu não precisava dividir minha filha com mais ninguém.


- Senhor? – Vinda aparece na entrada do quarto e eu me viro para a parteira.

- Pode ir. Seu trabalho aqui já acabou – ela sai sem erguer o rosto para me olhar, com medo, é claro.

- Ela é perfeita – digo e Vinda se aproxima encarando a pequena criatura em meus braços e me entrega uma mamadeira.

- Achei que ia precisar – eu pego a mamadeira de sua mão e com cuidado dou a minha filha. Minha nossa ela é muito perfeita, como é possível?!

- E aí? Menino ou menina? – questiona o Marilyn entrando no quarto.

- Menina. Vinda, você poderia cuidar do enterro da Jessica? Nada grande, apenas arrume uma cova e a jogue lá, está bem? – ela confirma com a cabeça e se afasta para cuidar de seus afazeres.

- Puta que pariu, ela é a sua cara! – Marilyn parecia chocado – Ainda bem.

- Sem palavrões na frente da minha filha! – digo franzindo a testa e ele sorri, malvado.

- Não se preocupe pequena, o tio Manson vai te levar pro mal caminho.

- Para já com isso ou te meto um Avada – ele ri.

- Já escolheu o nome?

- Já. S/N Grindelwald – ele toca levemente a cabeça da minha filha. Ela termina a mamadeira e eu a entrego ao Marilyn.

- Sabe que ela vai ter que pegar o sobrenome da mãe, não é? – eu o encaro de olhos semicerrados.

- Quem disse?

- Grindelwald...

- Bianca Merlin Grindelwald.

- Esse é seu outro sobrenome, não da mãe dela.

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