O Doutor estava amarrado a uma cadeira e amordaçado pelo O Mestre, o outro Senhor do Tempo que ainda existia. Amarrado a outra cadeira em sua frente, estava Wilfred, o avô de sua melhor amiga, Donna Noble. O Mestre, um homem de cabelos loiros e olhos verdes, caminha até o Doutor e remove sua mordaça.
- Ah, agora sim, muito melhor. Oiee – diz o Doutor sorrindo.
- Você sabe que eu preciso da sua TARDIS, agora me diga: onde ela está? – questiona o Mestre.
- Você sabe que eu não vou te dizer onde está.
- Acho melhor dizer, ou ele morrerá! – O Mestre se aproxima de Wilfred e para bem próximo de sua cabeça.
- Não Doutor, não conte – pede Wilfred.
- Anda Doutor, acha que estou blefando?
- Não.
- E então? Vai mesmo deixá-lo morrer?
- Eu já sou velho, Doutor, me deixe morrer – Wilfred praticamente implora. O Doutor apenas olha do idoso para O Mestre e se mantém em silêncio. O Mestre então abre um enorme sorriso.
- Eu sabia que você o deixaria morrer para proteger sua preciosa TARDIS... MAS: eu tenho uma carta em minha manga – O Mestre se vira para um dos guardas que tinha seu rosto – Tragam-na.
O Doutor fica apenas olhando para O Mestre, tentando saber o que ele estava planejando, quando ele escuta a voz dela.
- ...Seu bastardo desprezível, me solte!
- Não, você… você não pode! – o Doutor tenta se soltar da cadeira, mas não consegue. O Mestre ri. Nesse momento os guardas entram com uma garota sendo arrastada, ela estava com os pulsos algemados atrás das costas. Seu olhar vagueia pela sala até encontrar os olhos castanhos da 10º reencarnação do Doutor.
- Eu sabia! – diz O Mestre se aproximando da garota lentamente – Eu sabia, Doutor, que por mais altruísta que você seja e possua esse complexo de querer salvar todo mundo, eu sabia que havia alguém que importava mais para você. Devo admitir que foi difícil encontrá-la, até porquê, na última vez, você estava com outra garota: Martha Jones, mas seu coração não era dela, era óbvio. Seu coração era de Rose Tyler – o Doutor trava o maxilar e O Mestre ri.
- Deixa ela em paz.
- Mas então, depois de muita pesquisa, eu descobri quem havia sido sua última parceira e o que você havia feito por ela. Você apagou todas as memórias que ela tinha sobre você. Mas não funcionou, não é mesmo, linda S/N Miller? – O Mestre segura o queixo da garota e ela cospe em seu rosto e empurra a cabeça para trás, se desvencilhando do toque do Senhor do Tempo.
- Não encoste em mim seu assassino imundo – rosna ela e O Mestre limpa a saliva da garota de seu rosto, desferindo um forte tapa no rosto de S/N, que faz com que sua cabeça seja virada bruscamente para o lado.
- DEIXA ELA! – grita o Doutor e O Mestre segura o rosto da garota a fazendo encarar o Doutor, o polegar fazendo pressão na bochecha esquerda e o dedo médio na bochecha direita.
- Veja Doutor: mais uma das garotas da História que se apaixonaram por você. Mas... O Doutor ama você?- Cala a boca, imbecil maldito. Por acaso você sabe o que é amor pra falar tanto sobre isso? - questiona a garota, ácida como sempre. O Mestre olha a garota e encara o Doutor com um sorrisinho.
- Língua afiada, acho que posso entender porque gosta tanto dela. Então, Doutor, vai me dizer onde a TARDIS está ou terei que matá-la?
- Não entregue a nave a ele - diz S/N.
- Ele não está blefando - diz o Doutor apreensivo.
- Eu sei disso. Se eu morrer, não fará diferença, mas se ele pegar a TARDIS todo o universo estará perdido.
- Não posso escolher
- Eu sei - a garota dá um leve sorriso e o Doutor percebe o que ela estava fazendo.
- Não, S/N, vamos arrumar um jeito, mas não faça isso!
- Foi bom conhecer o Universo com você - a garota solta os pulsos e leva um pequeno comprimido aos lábios, o engolindo.
- NÃO! NÃO FAZ ISSO! - O Doutor se debate na cadeira, tentando se soltar e salvar a pessoa mais importante do mundo para ele, mas ela já estava caída no chão, os olhos se fechando, um sorriso se prendendo nos lábios agora mortos.
- Isso... foi inesperado - diz o Mestre - Ela amava tanto assim você pra decidir por você?
- Você vai pagar. O sangue dela está nas suas mãos e eu farei você pagar, nem que eu tenha que ir até o fim deste maldito Universo pra te destruir.
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A Short Histories
FanficPequenas histórias (algumas nem tão pequenas assim) feitas por mim, mais no intuito de mantê-las em um local seguro e não perdê-las um dia.