The Surgeon Girl (Dr. Martin Whitly)

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               Chego em pouco tempo no hospital psiquiátrico Claremont. Sou rapidamente conduzida por um segurança até a cela onde Martin Whitly estava confinado, o segurança destrancando a porta e eu entro, partindo para ele.

- Martin! – digo desesperada.

- Senhora, vou ter que pedir pra que... – o oficial fica em silêncio quando ultrapasso a linha vermelha no chão e me lanço contra Martin, abraçando o seu pescoço.

- Não ultrapasse a linha vermelha – completa o segurança desanimado.

- Oi querida – diz Martin e eu me afasto dele, fitando o segurança.

- Tire as algemas.

- Eu não posso – responde ele.

- Se preza seu emprego, vai fazer o que eu estou mandando, o seu chefe come na minha mão, então a menos que queira ir pro olho da rua... Tire. As. Algemas. Dele. – digo autoritária e o homem se encolhe, gaguejando um rápido "sim senhora" e faz o que eu mando.

- Pronto senhora – diz ele guardando as algemas.

- Ótimo, agora saia e tranque a porta – ele confirma com a cabeça e faz o que eu mando.

- Adoro ver esse seu jeito mandão – diz Martin e eu me viro para ele mais uma vez, o abraçando. Seus braços rapidamente me envolvem e ele pousa o queixo em meu ombro.

- Eu fiquei tão preocupada... eu pensei que eu iria morrer, fui parar no hospital! – digo respirando fundo para não chorar. Martin se afasta de mim, segurando meus ombros e me olhando nos olhos.

- Foi parar no hospital? Por quê?

- Ataque de pânico – admito e ele franze a testa.

- Você teve um ataque de pânico porque pensou que eu poderia ter morrido?

- E você acha que é pouco? – ele sorri e me puxa para um beijo, sua mão segurando meu rosto.

- Eu não vou a lugar nenhum – diz ele quando para o beijo – Vem, vamos sentar.

Juntos, eu me sento na cama de solteiro que havia no quarto, Martin passando o braço ao redor de minha cintura e me puxando para perto de si. Eu encaro seu pescoço e vejo um machucado que parecia uma corda num tom roxo. Toco com a ponta dos dedos levemente.

- Ainda bem que Malcolm e os outros estavam aqui – digo e ele me aperta mais perto de si.

- Não precisa se preocupar S/N, eu estou bem – diz ele beijando o topo de minha cabeça.

- Certo, já entendi. Martin, eu não vim aqui apenas para vê-lo.

- Receio que não possamos ter uma visita conjugal agora – eu rio e o encaro, que sorria.

- Não, Martin, não é isso!

- Então o que é?

- Eu preciso te tirar daqui – o sorriso some de seus lábios – Não é seguro pra você, um assassino conseguiu se infiltrar como guarda aqui, quem garante que outros não farão o mesmo?

- Não precisa se preocupar, nada vai acontecer comigo.

- Martin, você mesmo disse que sua família está mexendo com alguém que não deveria, eles estão correndo riscos e você também, apenas me deixe fazer alguma coisa – ele segura minha mão e fica mexendo em meus anéis.

- Não, não faça nada. Não quero que sobre pra você também e como eu disse, nada mais vai acontecer, está bem? Eu sou o The Surgeon, acha mesmo que alguém vai mexer comigo? – eu suspiro fundo.

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