The Police (Dr. Martin Whitly)

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               Chego no hospital psiquiátrico Claremont de onde havia ocorrido uma fuga: três pacientes, assassinos, haviam escapados, entre eles o mais manipulador e um dos piores serial killers da América: Dr. Martin Whitly, também conhecido como "The Surgeon". Caminho para a antiga cela do médico e encontro um dos meus parceiros, Malcolm Bright, sentado no chão, a sala revirada. Caminho até ele.

- Malcolm? – chamo e ele ergue a cabeça, me encarando.

- Oi S/N – responde ele desanimado.

- Nós vamos encontrá-lo.

- Essa é a questão eu... esquece – eu me sento ao lado dele no chão, minha mão em suas costas.

- Bright. O que está te incomodando? Pode conversar comigo – ele respira fundo, passando os dedos pelos cabelos lisos e claros.

- Você viu o que aconteceu ontem na fazenda. O FBI não entrou pra capturar, eles entraram pra matar, não o fizeram porque era o Hector.

- E agora você tem medo do FBI encontrá-lo.

- E você deve estar pensando que eu sou uma péssima pessoa.

- Malcolm, eu vi como você olhou para aquele boneco do Batman que você encontrou na bolsa dele, assim como eu vi seu desespero quando pensou que seu pai poderia ter morrido. Ele é seu pai. Não importa o que os outros pensem ou o que ele fez, você ainda vai amá-lo.

- E esse é o problema, ele matou pessoas!

- Mas sempre amou você e no fundo você também o ama. Não dá pra apagar isso Malcolm, mesmo que ele seja um monstro narcisista e manipulador, se existe algo que ele possa amar nesse mundo, com certeza é você. Você mesmo disse o quanto ele é obcecado por você e esse correio de voz deixa isso ainda mais claro.

- Todo mundo acha que eu sou algum tipo de parceiro dele.

- Eu não acho – ele finalmente ergue o rosto e me encara.

- Não?

- Claro que não. Eu acredito em você e nós vamos encontrar seu pai. Martin Whitly sobreviveu há 3 mil presos tentando matá-lo, ele vai sobreviver aos bastardos do FBI – Malcolm dá uma risadinha.

- Certo, ele vai – eu me levanto e estendo a mão para ele, o ajudando a ficar de pé. Ele então nota algo e se curva para pegar.

- Papéis de bala? – questiono ao ver os papeizinhos na mão do Bright.

- Dra. Capshaw! – exclama ele.

- Quem? A médica daqui?

- E se ela for cúmplice? É isso! Venha, temos que falar com Gil!

Eu e Malcolm retornamos ao DP e assim que Malcolm reuniu toda a equipe e explicou sua teoria, pela expressão dos outros, ninguém acreditava nele.

- Tá querendo me dizer que o The Surgeon, o serial killer que matou 23 mulheres, está sendo vítima de uma simples doutora? – questiona Gil – Você tá se ouvindo, Bright?!

- Eu sei que parece sem nexo, Gil, mas eu tenho motivos pra...

- Bright, com todo o respeito, mas você não tem nada – diz Gil

- Nenhum de vocês acreditam em mim, não é? – Bright estava irritado e magoado. Depois de alguns segundos de silêncio, eu ergo a mão.

- Eu acredito – digo e todos me olham.

- É mesmo? – Bright parecia tão surpreso quantos os outros.

- Podem me chamar de louca, mas sim, eu acredito. Todo mundo, incluindo a polícia, sempre enxergaram as mulheres como frágeis e doces, mas se esquecem que também existem mulheres psicopatas, a História mostra isso, embora todos sempre se lembrem mais fácil do nome de Jack, o Estripador, do que de Darya Nikolayevna Saltykova.

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