Saving Doctor (10th Doctor)

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               O Doutor e Rose já haviam viajado por milhares de lugares: desde luas distantes, a planetas que jamais poderiam ser imaginados pela pequena mente do ser humano. Porém, em todos os lugares que eles iam, haviam problemas. Nem mesmo o Doutor entendia o porquê disso. Agora, ele estava em sua décima encarnação, sua aparência havia mudado mais uma vez. Ele agora era um homem alto, esguio com cabelos lisos que ficavam levemente espetados nas pontas. Ele vestia terno e gravata e um casaco marrom comprido por cima. E claro, seus inseparáveis all-star. Porém, algumas coisas não haviam mudado: seu sorriso, sua tagalerice, sua inteligência e seu ego continuavam intactos. E algo havia mudado muito e Rose sabia muito bem:

De uma hora para outra, todas as mulheres e moças queriam beijar o Doutor.

E ela era uma dessas.

- Chegamos! – diz o Doutor, animado. Rose sorri e sai da TARDIS para o brilho fraco do sol de Londres.

- Vou em casa ver minha mãe. Não quer vir comigo? – questiona ela.

- O quê? Ver Jackie? Não, obrigado – Rose ri – Não, eu vou andar um pouco por Londres. Ver algumas coisas.

- E você, capitão? – questiona ela para o Capitão Jack Harkness, o homem com o corpo bem definido e olhos azuis atrás do Doutor. Ele usava uma camiseta preta justa que marcava seu tórax e Rose ficava meio aérea quando olhava pra ele, embora eles fossem apenas amigos já a um bom tempo.

- Preciso fazer alguns ajustes na TARDIS, fica pra próxima, pode ser? – questiona ele.

- Tudo bem. Encontro vocês aqui depois então?

- Claro. Está com a chave do TARDIS? – ela tira do bolso uma chave de metal e mostra ao Doutor.

- Sim, aqui está.

- Ótimo, então te vemos depois – Rose confirma com a cabeça e se afasta, deixando os dois homens a sós.

- Não vai ver sua sogra? – questiona Jack em tom brincalhão e o Doutor olha pra ele como se ele fosse louco.

- Eu vivi 900 anos, visitei todos os lugares possíveis e levei um tapa de uma mulher humana de meia-idade – Jack cai na gargalhada – Certo! Eu vou andar por aí, quem sabe eu acho uma confusão?

- Isso é certo – diz Jack e o Doutor sai da TARDIS.

- Te vejo depois! – ele fecha a porta da nave atrás de si e caminha sem rumo pela cidade londrina.

- Mãe, já chega – digo terminando de amarrar meus cabelos.

- S/N, você precisa de um namorado! Está sempre trancada dentro de casa, isso não é bom pra ninguém.

- Mãe, sabe o que eu preciso? – paro na frente dela e a encaro.

- Do quê?

- Que você cale a boca e vá cuidar da sua vida.

- Ei! Eu sou sua mãe, me respeite mocinha!

- Quando parar de tentar governar minha vida, eu penso no seu caso – saio de casa batendo a porta da frente e sigo na direção do shopping onde eu trabalhava.

Minha mãe estava enchendo a minha paciência há semanas. Ela continuava batendo na mesma tecla de que eu precisava de um namorado, de que eu precisava sair, de que eu precisava de amigos, mas que saco! O que eu precisava era que ela calasse a boca, isso sim. E quem sabe arrumasse um emprego. Ou um homem, pelo menos ela ia encher o saco dele, não o meu.

Um carro em alta velocidade passa por mim e espirra água de uma poça em minha roupa clara. Eu inspiro fundo.

- É sério isso? Parece que tiraram o dia pra acabar com a minha paciência! – digo furiosa. Respiro fundo mais algumas vezes tentando me controlar e assim que me viro, sou jogada no chão.

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