Bill Masters sai de seu quarto procurando por Libby, sua esposa. Ele a vê no hall de entrada e caminha nesta direção.
- Libby, você viu a minha... – ele para ao ver que ela não estava sozinha. Libby se vira para ele e sorri.
- Oi Bill. Esta é S/N, a babá do Johnny – diz ela acenando com um sorriso para a garota. Ela deveria ter 1,55m, no máximo. Sua pele era clara e perfeita, os olhos verdes lembravam campos de trevos. Os cabelos cacheados de um ruivo tom de ameixa estavam amarrados em um pequeno rabo de cavalo. Ela usava um vestido preto solto na cintura e sapatos da mesma cor.
- Olá senhor Masters – cumprimenta ela.
- Doutor Masters – corrige Bill e as bochechas dela coram levemente.
- Dr. Masters. Me desculpe.
- Libby, você viu minha camisa branca? – questiona Bill focando sua atenção na esposa alta e loira, mas não conseguia impedir de olhar pelo canto do olho a garota que torcia levemente os dedos, provavelmente uma reação de vergonha.
- Atrás da porta, querido.
- Não está lá, já olhei – Libby sorri e olha para a babá.
- S/N querida, você poderia pegar a camisa do Dr. Masters que está atrás da porta? O quarto fica lá em cima, onde eu te mostrei.
- Sim senhora – a garota rapidamente sai encarando os próprios pés. Quando ela está longe o bastante, Bill se vira para Libby.
- Onde você achou essa garota?! Ela é uma criança, Libby!
- Ah por favor Bill, ela tem vinte anos.
- Parece ter 12! Ela é quem precisa de uma babá!
- Bill, já chega, ela foi bem recomendada.
- Aqui está, Dr. Masters – a garota estende a camisa a Bill que a pega e olha a garota franzindo a testa, o que faz com que a S/N encare os pés mais uma vez.
Os dias se passaram sem nada de especial. Bill Masters trabalhava no novo hospital e quase enlouquecia sem Virginia como sua assistente. Ela havia se mudado dali após os dois decidirem seguirem suas vidas, mas ele ainda sentia falta dela, não só de suas "participações" no estudo, como também de sua eficiência.
Um dia, Bill chega em casa horas mais cedo e procura Libby pela casa, mas não a encontra. Até que ele escuta um choro baixo na porta dos fundos. Ele caminha até lá, curioso e preocupado e abre a porta.
- S/N? O que houve? – Bill estava curioso.
- Me... me desculpe, dr. Masters – diz ela se levantando e esfregando as mãos no rosto vermelho e molhado de lágrimas – A senhora Masters pediu para avisar que iria sair com umas amigas e só voltaria tarde, e que o Johnny está com ela.
- Venha, vamos para dentro – Bill mantém a porta aberta para que a garota passe e assim que ela o faz, ele fecha a porta atrás de si. Seguindo para a sala de jantar, a babá o segue. Bill aponta para uma das cadeiras e com vergonha, ela se senta. Bill nota que a garota não conseguia controlar os espasmos musculares que a faziam quase "soluçar" e os ombros subirem e descerem violentamente, por causa do choro intenso. Ele então caminha até a cozinha, pega um copo e o enche com água, colocando uma colher rasa de açúcar e misturando tudo.
- Tome, vai te acalmar – ele estende o copo a garota que o pega e toma a água aos poucos. Bill então se senta de frente para a garota.
- Obrigada, dr. Masters – diz ela assim que termina de beber a água com açúcar. Ela já parecia bem mais calma.
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A Short Histories
FanfictionPequenas histórias (algumas nem tão pequenas assim) feitas por mim, mais no intuito de mantê-las em um local seguro e não perdê-las um dia.