My Savior Or Executioner? (Dr. Martin Whitly)

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               Já eram nove e quinze da noite e eu ainda estava andando pela rua, totalmente apreensiva. Era noite de quinta-feira e havia um novo serial killer aterrorizando Nova York, chamado de The Surgeon. E JUSTO HOJE a Eleonora, minha patroa no Subway, havia decidido que seria ótimo que eu fizesse hora extra. Eu juro que se eu morrer eu volto e mato ela.

- Ótimo, mais algumas milhas e eu finalmente chego no meu apartamento – sussurro para mim mesma, me incentivando a continuar e a não temer.

- Perdida, gatinha? – ouço a voz de um homem e dou um pulo, gritando assustada. Olho para o lado e vejo dois caras encostados na parede do prédio onde eu passava na frente. Um deles ri.

- Acho que você assustou ela, James – diz ele.

- Não, eu não estou perdida, eu moro bem ali – aponto para um prédio mais a frente.

- É mesmo? Porque nós moramos ali e nunca te vimos – droga!

- Ahn, é... eu sou nova moradora – digo – Bom, é melhor eu ir.

- Pra quê a pressa boneca? – diz o tal James parando na minha frente.

- É melhor eu ir pra casa, meu... namorado deve estar preocupado.

- Duvido muito, se ele realmente estivesse, ele viria buscar a namorada no trabalho. Isso, claro, se você tiver um.

- Por favor, não façam nada comigo – imploro e o James abre um sorriso.

- Mas implorando tão cedo benzinho? Eu nem fiz nada ainda! Não se preocupe, nós vamos deixar você bem relaxada – ele ri junto com o amigo e me agarra pelo braço, me arrastando na direção de um beco escuro que havia ali. Esperneio, me debato nos braços dele, lhe desfiro tapas, lhe arranho, grito, mas não faz diferença, ele nem se abala.

Continuo a me debater e a gritar, até que o tal James me joga na direção do fim do beco, onde havia um muro. Eu bato nele e caio no chão.

- Mas você é irritante, sabia? Não adianta gritar! Ninguém vai te socorrer! – diz James e se aproxima de mim, segurando meu queixo me forçando a encará-lo – Sabe quantas vezes eu já fiz isso? Muitas e em nenhuma delas uma garota foi salva, acha mesmo que você seria a primeira?

- Por favor... – imploro e ele desvia o olhar. Então, me surpreendendo totalmente, ele bate minha cabeça na parede do muro, me fazendo quase perder os sentidos.

- Assim está melhor – diz o outro homem que acompanhava James.

Não tento lutar mais. Eu sabia que não adiantaria nada, que eles fariam o que queriam de qualquer jeito. Minha cabeça doía e algo escorria pela lateral da minha testa e eu sabia ser sangue. Fico apenas olhando para o nada enquanto James me beija e me puxa para perto de seu corpo. O outro homem rasga minha blusa e arranca meu sutiã, o jogando longe e levando os lábios até meu mamilo direito. Não é com você, isso não está acontecendo com você...

- Olá! – diz uma voz masculina de trás de nós, seu cumprimento sai quase cantado, o homem alongando a última letra dando a impressão de animação. James e o outro homem param e se viram.

- O que foi? – questiona James. Eu continuava olhando para o nada, conseguindo ver apenas do joelho do outro homem para baixo, que usava calça e sapato social.

- Eu só... queria saber o que está acontecendo aqui – a voz dele tinha uma entonação tão diferente.

- Só estamos dando uma trepada com uma gostosa, só isso – diz o parceiro de James.

- E ela permitiu?

- Mas é claro! Ela é minha namorada! – diz James. Eles ficam em silêncio por alguns segundos.

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