A Bedtime Story (Michael Sheen) LEIA OS AVISOS

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AVISO: ESTA HISTÓRIA É SOBRE ASSASSINATO. SE NÃO GOSTA/NÃO SE SENTE CONFORTÁVEL LENDO ESTE TIPO DE HISTÓRIA, POR FAVOR NÃO LEIA!!!!!!

               Era uma noite quente em Port Talbot, uma das poucas que se poderiam adicionar a lista de dias quentes de Wales. O ar-condicionado estava ligado numa temperatura agradável, deixando o quarto com um clima fresco. No segundo andar de uma bela e confortável casa, três garotos desciam as escadas em direção a sala de estar onde um casal estava sentado assistindo tevê. Olhando de fora, ninguém jamais imaginaria que a garota que parecia ter pouco mais de vinte anos, na realidade tinha 38 e que o menino que liderava os outros dois e que parecia ser seu irmão, era na verdade seu filho de quinze anos, Oscar. Ao lado da mulher, estava seu marido, Michael, um ator renomado de 53 anos.

- Mãe? – chama o menino parando ao lado do sofá, os dois amigos, James e Trevor, parados atrás dele. Oscar tinha um rosto oval, a pele clara como a dos pais, os cabelos possuíam leves cachos como os de seu pai, assim como os olhos azuis e o sorriso fácil. De sua mãe, haviam suas pequenas orelhas e seu nariz pequeno e empinado. E dos pais, havia o que eles mais se orgulhavam: seu intelecto e seu gosto pelos livros e pelo teatro, embora ele possuía o mesmo estranho gosto por histórias sombrias como sua mãe.

- Sim Oscar? – a mãe desvia o olhar da televisão para o filho.

- Você poderia contar uma história pra gente? – pede Oscar e Michael sorri com ternura para o filho.

- Não gosta das histórias que eu conto? – questiona ele.

- Gosto, mas as da mamãe são melhores – responde o garoto e o pai solta uma gargalhada.

- Eu também gosto mais quando ela conta – Michael olha para a esposa e ela revira os olhos.

- Tudo bem, sentem-se – manda a mulher e o filho, juntamente com os amigos, se sentam no enorme e felpudo carpete creme no chão, de frente para a mãe. Michael também se levanta do sofá e se senta com os meninos no carpete.

- Sobre o quê você quer que eu conte? – questiona a mulher.

- Uma história de terror, claro.

- Ah não, se eu contar uma história de terror, vocês não irão dormir.

- Nós vamos! Eu prometo!

- Nós não temos medo! – diz James.

- Ah, eu garanto que vão – diz a mulher séria e James engole em seco – Mas se é isso o que querem...

- Sim! – diz Trevor.

- Eu disse a eles que suas histórias de terror são as melhores, mãe.

Com um suspiro, a mãe cede.

- Tudo bem. Esta história eu jamais contei a alguém, então sintam-se privilegiados.

- Por quê nunca a contou a alguém? – questiona James.

- Eu não sei. Nem todos apreciam uma boa história de terror, e essa é bem pesada, talvez eu deva remover algumas partes dela...

- Não! Por favor, conte ela toda! – imploram os meninos.

- Tudo bem. Estão por sua conta e risco. Há um tempo atrás, havia uma garota. Ela tinha cabelos vermelhos como fogo e olhos escuros. Todos faziam bullying com ela, mas isso apenas a tornou mais forte. Ela amava romances e sonhava com o dia que se apaixonaria.

"Não muito tempo depois, isso aconteceu, mas não como ela esperava. Ela foi enganada por esse rapaz que dizia gostar dela, ele a iludiu para por fim, ridicularizá-la de inúmeras formas possíveis. Isso partiu seu coração em vários pedaços. Ela sempre havia sido uma garota doce, mas aos poucos, foi se tornando extremamente fria e alheia a dor humana.

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