A Quadribol Game - Harry Potter

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Encaro o teto de pedra da minha comunal. Eu estava deitada na cama ansiosa e com medo, usando o uniforme do jogo de quadribol. Onde eu estava com a cabeça quando decidi entrar para o time? Penso em ficar aqui escondida, até que sinto o colchão ao meu lado afundar um pouco.

- Está nervosa? – questiona uma voz que eu já sabia quem era o dono muito antes dele abrir a boca.

- Um pouco, Gon – respondo e encaro meu amigo. Seus cabelos ondulados estavam pintados de um loiro quase branco. Seus olhos verdes mostravam toda a sua compreensão.

- Você realmente prefere viver escondida em um buraco. Não é atoa que é sonserina – eu dou um leve sorriso com sua tentativa de piada – Não pode viver se escondendo das coisas, S/N.

- Eu sei, só... prefiro que seja assim.

- Porque não corre o risco de se machucar.

- Exatamente. Não deveria ter me inscrito pro time.

- O quê? Eu já vi você jogar com o Marilyn, você é uma das melhores batedoras que eu já vi!

- Não me bajule.

- Não estou. Sabe que eu não sou disso. Vamos S/N, a Sonserina precisa ganhar daqueles imbecis da Grifinória!

- Achei que o líder do time da Grifinória era seu namorado. Um tal de...

- Oliver Wood. E sim, ele é da Grifinória, mas não significa que eu vou torcer pra eles por isso – ele se levanta e me estende a mão.

- Ah não Gonsalino, me deixa aqui

- Não mesmo – ele sobe em cima de mim e colocando as mãos atrás da minha cabeça, me coloca sentada, ficando no meu colo. Ficamos nos encarando por alguns segundos e ele acaricia meu rosto.

- Não vou deixar você desistir. Não mesmo – diz ele baixinho. Em seguida, ele beija minha testa e eu fecho os olhos, sentindo o cheiro de seu perfume favorito inundar meus sentidos. Quando ele afasta os lábios da minha testa, eu o encaro.

- Tudo bem, vamos – digo e ele se levanta, me estendendo mais uma vez a mão, a qual desta vez eu pego.

Assim que chegamos ao campo, Gon se separa de mim, indo para as arquibancadas e eu caminho na direção do time.

- Pensei que não viria! – diz Marcus Flint, o capitão do time. Nesse momento, Draco me vê e sorri. Ignorando Flint, caminho até o loiro e paro ao seu lado.

- Nervosa? – questiona ele.

- Um pouco – um trovão soa nos céus seguido por um clarão.

- Parece que vai chover – diz Draco olhando para o céu e mais uma vez vejo um clarão.

- Não é chuva – digo e abro um pouco da cortina que escondia os jogadores.

No centro do campo, provocando suspiros da plateia, um enorme dragão Negro das Ilhas Hébridas que possuía mais de três metros de tamanho, o maior que eu já havia ouvido falar. E para aumentar ainda mais a surpresa de todos, dois bruxos saltam de seu dorso.

- Tá de brincadeira – diz Draco ao meu lado, praticamente de queixo caído.

Marilyn Manson é o primeiro a descer do dragão, o segundo é meu pai. Ele acaricia a lateral do pescoço do dragão, o qual ele chamava de Halloween. Halloween abaixa a cabeça e meu pai diz algo a seu ouvido, em seguida, o dragão alça voo, bagunçando milhares de cabelos e fazendo inúmeros chapéus desaparecerem.

- Exibido como sempre – digo com um sorriso nos lábios.

Depois da pequena cena do meu pai e seu namorado, começam a chamar os times, primeiro o da Grifinória e o da Sonserina por fim. Vejo Harry, Ron e Ginna de frente no time, a última não tirava os olhos de mim e seu olhar era de desgosto. Eu a ignoro. Montamos em nossas vassouras e quando estamos no ar, os gêmeos Weasley param ao meu lado.

- Olá S/N – dizem os dois ao mesmo tempo. Eu sorrio.

- Olá meninos, como vão?

- Onde seu pai arrumou aquele dragão? – questiona Fred.

- Talvez devesse perguntar a ele – eu amarro o cabelo no topo da cabeça, formando um rabo de cavalo.

- Ah, te trouxe algo – George me joga uma minhoca ácida e eu a pego, colocando na boca quase imediatamente – Boa sorte.

- Obrigada. Para vocês também.

- Ei, isso não vale! Você trouxe um doce pra ela! Eu que deveria trazer! – reclama Fred e os dois se afastam, ainda discutindo. 

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