ENTRE O AZUL E O INFINITO

Um Sonho

-...Satoru!!

Yuji gemia o seu nome incessantemente enquanto o nomeado beijava e lambia seu pescoço, pequenos mordiscos em seu lóbulo da orelha o fazia quase entrar em combustão.

Estavam tendo um de seus muitos encontros as escondidas nas dependências do colégio. Yuji não queria, temia que alguém os encontrasse, mas ao Satoru o beijar, a o tocar, ele esquecia tudo ao seu redor, e qualquer recusa era soterrada por suas carícias e palavras doces.

-...Sempai a-alguém pode... Chegar.

-Ninguém irá chegar.

O beijou mordendo seus labios de leve enquanto suas línguas se enrolavam e se soltavam como se estivessem em uma dança rápida e desesperada.

Por mais que tivesse medo, Yuji não podia negar que gostava daqueles encontros. Eles dois já tinham se devorado a beijos em praticamente toda a escola. Ele se sentia um pouco mal por já não passar tanto tempo com seus amigos, mas quando o albino o olhava com seus belos olhos azuis e um sorriso brilhante, não conseguia negar nada a ele.

Estar nesta situação neste preciso momento era uma reação a Yuji não poder dizer não. Tinha planejado ir com Sukuna a casa aquele dia. Seu irmão estava estranho, e aquilo era incomum, já que o estranho era ele. Nas últimas semanas Sukuna não tinha ligado ou deixado inúmeras mensagens como costumava fazer. E sempre que chegava em casa seu irmão tinha um sorriso nos lábios, sorriso que desaparecia quando este notava que estava sendo observado. Yuji estava curioso já que conhecia muito bem aquele sorriso, era o mesmo ao qual ele tinha sempre que estava com Satoru. Aquilo o deixou surpreso, muitas vezes não acreditava que seu irmão tivesse um coração. Entretanto ele o tinha, e aparentemente agora, batia descompassado por alguém. Queria o questionar, saber quem era, mas sabia que Sukuna não diria, talvez devesse o subornar ou pedir a ajuda de Megumi, ele era bom em fazer as pessoas falarem e por algum motivo Sukuna parecia gostar dele. O que deixava Yuji imensamente feliz, por seu irmão e seu melhor amigo terem uma boa relação.

Pensar em Megumi o deixava inquieto, tinha certeza que seu amigo sabia que ele estava mentido, queria contar tudo a ele, mas ainda não se sentia confiante o bastante. Se Megumi não o compreendesse, Yuji sentia que ninguém mais o faria. Por isso preferia mentir, e agora também fugir.

Depois de desistir de ir com Sukuna ao receber aquela mensagem de seu sempai, juntamente com uma selfie com o maior com uma flor nos lábios, tirada de Deus sabe onde. Yuji praticamente correu até a direção que ele tinha mandado. Não esperava encontrar Megumi em um dos corredores e pêlo estado em que este estava, era claro que o buscava a um certo tempo.

Tinha sido bombardeado com os questionamentos de seu amigo e suas declarações de que o ajudaria em tudo o que necessitasse. Megumi estava preocupado mas ele nunca iria o precionar a dizer algo ao qual não queria. Tinha se surpreendido a ouvir seu pedido de ajuda, assim como Sukuna ele era um velho rabugento orgulhoso que gritava ao quatro cantos do mundo que podia fazer tudo e qualquer coisa por se mesmo. Yuji tinha se negado ao o ajudar naquele momento e podia ver claramente como uma veia pulsante aparecia em sua têmpora. Tinha oferecido a ajuda de Sukuna sem saber se este o ajudaria ou se Megumi a queria, tinha que ir embora o mais rápido que podia. Se continuasse ali ou o garoto de cabelos negros explodiria e o mataria ou Yuji iria acrescentar mais um andar a uma torre de mentiras ao qual já não conseguiria manter de pé.

Aproveitando o seu momento de distração, ele fugiu. Sim! Ele tinha fugido! Se envergonhava de seus atos, mas não se arrependia deles. Tinha corrido pelos corredores, graças a Deus vazios, até chegar a sala que queria. Seu coração pulsava forte, não apenas pela corrida, mas também por quem o esperava lá dentro.