Itadori Yuji um adolescente que teve o seu mundo virado de ponta cabeça, quando a verdade sobre seu passado foi revelada.
Seu pai estava vivo. Ele tinha um irmão gêmeo. Que mais surpresas o destino poderia colocar em seu caminho a partir de agora?
A...
Yuji sentia que seu coração podia parar de pulsar a qualquer segundo. Ele estava em um encontro com seu sempai, talvez fosse o único que via desse modo e para Satoru não fosse nada mais que uma simples tarde de estudos, mas Yuji estava contente mesmo assim.
Tudo estava perfeito, a saída juntos do colégio, o tour pela enorme casa, até mesmo à ajuda em seus estudos, que infelizmente se prolongou por mais uma hora por sua causa. Viram um filme, que apesar dele já ter visto antes, era um de seus preferidos, comeram muitas guloseimas, pequenos acidentes tinham acontecido, mas apenas tornaram tudo mais íntimo e divertido.
Yuji estava feliz. A alegria estava presente em cada parte de seu corpo. Da ponta dos dedos dos pés, até seus fios de cabelo rosados. Ele já compreendia seus sentimentos, sabia com exatidão o nome do que sentia por seu sempai. Mas ainda tinha medo. E se fosse rejeitado? E se não podesse mais ser amigo de Satoru ao revelar o que sentia? E se nunca mais conseguisse olhar em seus olhos novamente? E se o mais velho não se sentisse mais cômodo com sua presença? Yuji tinha tantas perguntas e tão poucas respostas. Essa era a origem de seu medo, de seu temor.
Para Yuji, Satoru era algo inalcançável, ele era extremamente inteligente, gentil, adorado por todos e de uma beleza jamais vista. Um prêmio ao qual ele não era digno. Yuji era alguém de uma beleza simples e poeiril, sua inteligência era mediana, para não dizer quase inexistente. Talvez o único que realmente possuísse fosse seu coração bondoso, mas ele não acreditava que fosse o suficiente para conquistar o garoto mais velho.
Yuji respirou profundamente, não iria recuar agora. Tinha pensado a noite toda em como revelaria seus sentimentos, porque ele tinha decidido. Sim. Ele iria dizer o que sentia. Não era alguém romântico, não sabia como criar um ambiente. Simplesmente deveria dizer quando seu sempai estivesse em silêncio. Algo que estava difícil de acontecer naquele dia, Satoru não conseguia conter suas palavras, era uma chuva de perguntas que as vezes ele mesmo as respondia, sem que o garoto menor se quer abrisse a boca. Ele estava nervoso, Yuji apenas não sabia o porque.
Yuji sorria de lado, tinham falado ao mesmo tempo. Ele não compreendeu o que Satoru disse, mas esse parecia que ia desmaiar de nervosismo a qualquer instante. Ele se calou e esperou o que seu sempai tinha a dizer. Viu como ele retirou seus óculos, revelando a beleza daquele olhar. Viu como sua boca começava a se mover. Yuji não pode mais se conter e deu voz as palavras que gritavam em seu peito.
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Satoru ouviu sua voz ecoar pela sala. Era uma voz grave e imponente, já tinha superado a terrível fase da adolescência, quando sua voz ainda era aguda e infantil. Ouviu como ela se propagava pelo ar. Se agrupando... Se dividindo... Se espalhando. Chegando a locais onde ele jamais poderia tocar. Em meio as suas palavras que dançavam pelo ar como um veu de seda deslizando pelo corpo de uma bailarina, ele ouvia outra. Era suave como plumas, doce como o mais puro mel. Era aditiva e inebriante. Era o canto melódico de mil pássaros, em uma colina de rosas perfumadas. Era Yuji.
